O dirigente do SITAVA nos Açores, Antero de Quental, admitiu hoje a hipótese de o sindicato “não assinar” o memorando com a SATA na próxima sexta-feira, em Lisboa, se não forem “clarificados” dois pontos considerados “essenciais”.
A plataforma sindical, de que faz parte o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e dos Aeroportos (SITAVA), e a administração da transportadora aérea açoriana chegaram há algumas semanas a um pré-acordo depois de greves em abril e maio, convocadas pela não aplicação na SATA do entendimento conseguido na TAP com vista a evitar os cortes salariais entre 3,5 e 10% previstos no Orçamento do Estado para 2013.
“Há um ponto ou outro em que nós e os trabalhadores temos dúvidas, um dos quais está relacionado com o pagamento do trabalho extraordinário e o outro com o intervalo de descanso em refeição”, especificou Antero de Quental, em declarações à Lusa.
O dirigente sindical do SITAVA considera ser “imperativo” que estas duas questões sejam ultrapassadas, uma vez que, de outra forma, o sindicato não poderá dar o aval ao memorando.
“Como outras questões levantadas antes foram clarificadas, espero que estas também sejam”, refere o dirigente do SITAVA, que revela que o sindicato vai manter na manhã de sexta-feira um encontro com a SATA visando ultrapassar a situação antes da assinatura do memorando, prevista para a tarde do mesmo dia.
Antero de Quental recorda que a plataforma sindical é constituída por cinco sindicatos, bastando apenas um não assinar o memorando para que este fique sem efeito, voltando-se à “estaca zero”.
Na quarta-feira, também o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) afirmou estar disponível para assinar o acordo mas desde que haja um “esclarecimento mais cabal” de alguns pontos.
Lusa