Falando à estação SIC Notícias a partir da ilha das Flores cerca das 01:00 dos Açores (mais uma em Portugal continental), o governante, que está desde segunda-feira na ilha que será previsivelmente mais atingida pelo “Lorenzo”, reconhece preocupações com o avançar do vento e com o estado do mar, mas assevera haver “trabalho feito” que garante “confiança”.
“Estamos numa situação em que se verificam estes ventos mais intensos, a situação vai-se agravar nas próximas horas. Está aqui montado o posto de comando (…) há equipas de prevenção, de bombeiros, por toda a ilha das Flores, do Corvo também, para ocorrer a alguma situação que seja necessária”, declarou, falando em concreto da operação nas duas ilhas do grupo Ocidental dos Açores.
A maior proximidade do centro do furacão “Lorenzo” à ilha açoriana das Flores deve registar-se pelas 06:00 locais de hoje (07:00 em Lisboa), disse à agência Lusa o delegado local do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Por aquela hora, o centro do furacão deve estar a aproximadamente 100 quilómetros (km) a oeste da ilha das Flores, declarou Carlos Ramalho.
O “Lorenzo” irá afetar todo o arquipélago, mas “especialmente” esta ilha e a do Corvo, indica ainda o IPMA, sublinhando que os efeitos da tempestade começarão a sentir-se progressivamente madrugada dentro e na manhã de quarta-feira, antes e depois da maior proximidade do centro do furacão às Flores, portanto.
O centro do furacão, precisou Carlos Ramalho, consiste no “local onde a pressão atmosférica é mais baixa”.
Pelas 18:00 de terça-feira, o furacão, diz o instituto na última atualização enviada à imprensa, “encontrava-se a aproximadamente a 620 km a sudoeste da ilha das Flores, deslocando-se para nordeste a uma velocidade de 41 quilómetros/hora [km/h]”.
Para as ilhas das Flores e do Corvo (grupo Ocidental), prevê-se vento sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 190 km/h (com uma probabilidade de 40% de a rajada máxima ser superior a 200 km/h), chuva por vezes forte e ondas de sul passando a sudoeste, com altura significativa entre 10 e 15 metros. A altura máxima de onda pode atingir os 25 metros.
Já para o grupo Central (Pico, São Jorge, Faial, Graciosa e Terceira) é esperado vento sudoeste com rajadas até 160 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste passando a oeste com altura significativa entre nove e 12 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 22 metros.
Nas ilhas do grupo Oriental – São Miguel e Santa Maria – deverá haver vento sul rodando para oeste com rajadas até 100 km/h, períodos de chuva e ondas de sudoeste com altura significativa entre sete e nove metros.
Lusa