“O PSD puxou o tapete ao governo”. José Sócrates foi directo ao assunto mal chegou ao parlamento, para uma reunião com o grupo parlamentar socialista, quando questionado em directo para os três telejornais.
Sem perder a toada, o secretário-geral do PS afirmou a ideia de que há uma atitude provocatória por parte do maior partido da oposição, que “anda a falar de crise desde o ano passado”, salientando que “a posição do governo é a de fazer tudo para evitar uma crise política”. E nessa linha, voltou a mostrar disponibilidade para negociar algumas medidas do PEC IV. Sócrates repetiu a pergunta com que as hostes socialistas têm tentado sacudir as acusações de que o governo gizou o PEC IV no maior dos secretismos: “Quais são as medidas do PSD para combater a crise? Ou o PSD julga que pode travar uma crise internacional desta magnitude sem apresentar medidas?”. Para que o contra-ataque não deixasse dúvidas, Sócrates acusou mesmo o PSD de andar “à procura de uma desculpa para abrir uma crise política”.
De seguida, o primeiro-ministro passou aos elogios da execução orçamental, referindo que “baixámos a despesa e subimos as receitas”. E fechou com um apelo: “Não atirem o país para uma crise política!”.