“Com certeza que sim, eu não sou dos que viram a cara às dificuldades, nem viro a cara à luta, era o que faltava. Agora, o meu dever é fazer tudo o que está ao meu alcance para que o país não cometa esse erro [de entrar em crise política e eleições antecipadas], respondeu.
No entanto, perante um cenário de eleições antecipadas, Sócrates deixou uma garantia pessoal: “Nessas circunstâncias, cá estarei para lutar pelo PS, porque sou o líder do PS e tenciono recandidatar-me”.
Ao longo da entrevista, por várias vezes, o primeiro-ministro afirmou não acreditar em cenários de crise política.
“Não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe no aproveitamento de medidas duras e que não queiram sequer negociar medidas”, advertiu Sócrates.
Em relação ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), Sócrates afirmou estar disponível para permitir que partidos o discutam na Assembleia da República antes da próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, a 24 e 25 deste mês.
“O Governo fará todo o esforço para facultar à Assembleia da República o PEC – por agora só temos linhas de orientação -, para que o Parlamento possa discuti-lo antes da próxima cimeira. Estamos muito disponíveis para isso”, declarou.