“E eu sou um fervoroso adepto da autonomia”, salientou o líder do executivo.
No entanto, em termos de princípio político, José Sócrates disse lamentar se o Parlamento açoriano aprovar as tais compensações para os seus funcionários públicos, alegando “que neste momento o país precisa de fazer um esforço no sentido de reduzir o seu défice”.
“Estão a ser pedidos esforços a muitos portugueses e eu acho que devemos ter uma justa distribuição de esforços. Gostaria [que os cortes salariais] se aplicasse a todos os funcionários públicos e, por isso, lamento essa decisão, mas tenho que respeitá-la, porque é uma decisão de outros, uma decisão dos órgãos representativos da Região Autónoma dos Açores”, sustentou.
Na resposta às questões dos jornalistas, Sócrates fez ainda questão de referir o seu respeito “pela Constituição da República”.
“Sempre fui um adepto da autonomia. Respeitar a decisão [do Parlamento dos Açores] significa respeitar quem discorda. Neste caso, respeito quem discorda de mim”, acrescentou.