Foi um grande jogo no Estádio Municipal de Braga que ficou marcado pelo golo madrugador da equipa da casa, Hugo Viana (07), e por muita tensão entre os jogadores à saída para o intervalo que valeu a expulsão de um jogador de cada equipa, André Leone e Cardozo, por agressões no túnel.
O Sporting de Braga continua a não assumir-se como candidato ao título, mas segue isolado na frente e já venceu os “três grandes”.
O Benfica teve várias oportunidades por marcar, mas umas vezes por inépcia, outras por boas intervenções do guarda-redes internacional português, Eduardo, nunca conseguiu alvejar com êxito a baliza adversária, facto inédito nesta edição da Liga.
Ambas as equipas repetiram os “onzes” da jornada anterior, sendo que foi a primeira vez que tal aconteceu no Benfica, destacando-se a continuidade da aposta em Fábio Coentrão no lado esquerdo da defesa.
O Sporting de Braga entrou melhor em jogo, mais pressionante e rápido sobre a bola e logo aos sete minutos chegou ao golo, um grande golo de Hugo Viana, na cobrança de um livre directo da direita, em jeito de canto mais curto, a levar a bola ao ângulo superior mais distante.
A resposta do Benfica não tardou (09): Saviola comanda um rápido contra-ataque e serve Ramires que, já bem dentro da área, obrigou Eduardo a intervenção difícil.
O Benfica buscava o empate a todo o custo e aos 13 minutos Di Maria, com um remate cruzado, esteve perto, mas Eduardo voltou a salvar com uma grande defesa.
Aos 27 minutos, lance polémico na área minhota: livre de Aimar e Luisão introduz a bola dentro da baliza, mas instantes antes já Jorge Sousa tinha apitado uma falta de Cardozo sobre André Leone, suscitando muitos protestos dos jogadores e responsáveis benfiquistas.
Pouco depois (29), novo ataque “encarnado” a criar grandes desequilíbrios na defesa “arsenalista” com Ramires a não chegar por muito pouco a um centro de Di Maria.
O Benfica não marcou e o Sporting de Braga voltou a equilibrar a contenda, sempre pela batuta de Hugo Viana, e criou duas boas oportunidades para aumentar a vantagem, primeiro por Mossoró (39) e depois por Alan (41), com Quim em evidência.
O jogo seguia frenético e a saída para o intervalo ficou marcada pela enorme confusão entre os jogadores de ambas as equipas.
Após o reatamento, foi o Benfica, já sem Cardozo – melhor marcador do campeonato, com 11 golos -, a entrar mais forte, com Fábio Coentrão e Di Maria a semearem o pânico na área bracarense, mas sem sucesso.
O Braga reagiu muito bem ao assédio benfiquista, com muita serenidade a meio-campo, enquanto o Benfica dependia quase exclusivamente do empenho de Di Maria e desperdiçava mais uma oportunidade, por Keirrison (72).
Mas seria mesmo a equipa da casa a marcar o segundo, por Paulo César (78), após uma grande jogada de Matheus na direita, colocando em completa euforia os adeptos “arsenalistas”.
Lusa