Ainda assim, os “leões” elevaram a sua série de partidas sem perder para sete, com quatro triunfos e três empates, e mereceram aplausos do seu público no final de um encontro em que os lisboetas desperdiçaram a última hipótese de êxito na época e a criatividade de ambos os conjuntos foram uma constante em detrimento da organização táctica.
Sem os lesionados Carriço e Yannick ou os castigados Tonel e Grimi e dada a ausência de última hora de Izmailov, o treinador do Sporting, Carlos Carvalhal, refez a defesa com Caneira e Pedro Silva.
Pereirinha foi o escolhido para o meio campo, à frente de Pedro Mendes e perto de Moutinho e Veloso, num esquema em 4-1-3-2, no qual Liedson teve a companhia de Saleiro no ataque.
O homólogo espanhol, Quique Flores, optou por deixar o ponta de lança uruguaio Forlán no banco e lançou Jurado, próximo do argentino Aguero, num sistema semelhante ao dos anfitriões, mas transformado num cauteloso 4-5-1 sem bola, a dar frutos logo ao terceiro minuto.
A defesa “leonina”, demasiado perto da sua baliza, perdeu a inviolabilidade que tanto custara a manter na capital espanhola, numa jogada de insistência de António Lopez, no flanco esquerdo, correspondida pela antecipação de Aguero na cara do guardião Rui Patrício – um golo “a frio” que castigou a falta de pressão sobre os “colchoneros”.
Refeito do “choque”, o quarto classificado da Liga portuguesa reequilibrou o hiper-povoado centro do terreno e alcançou o empate num rápido contra ataque em que Veloso desmarcou Saleiro e o avançado cruzou para a cabeçada bem sucedida de Liedson no segundo poste, aos 19 minutos.
Mas, aos 33 minutos, Aguero foi descoberto novamente na área, agora por Reyes, livrou-se de Polga e Caneira e atirou com a parte de fora do pé esquerdo fora do alcance de Patrício, recolocando o 10.º posicionado da Liga espanhola em vantagem.
Contudo, num livre cobrado por Veloso em cima do intervalo, Polga conseguiu estar no sítio certo e desviou de cabeça para novo empate (2-2), depois de os “leões” terem sido sujeitos a “olés” pelo público espanhol.
Na segunda parte, o Sporting defendeu mais em cima e quase chegou ao golo, por intermédio de Saleiro, que obrigou De Gea a uma defesa muito difícil, e Pereirinha, num cabeceamento que passou muito perto da barra, antes de Pedro Silva dar lugar a Vukcevic e Veloso recuar para a defesa.
A maior dinâmica “leonina” e a postura expectante do adversário originaram diversas oportunidades de golo, mas sem eficácia, que também faltou ao “colchonero” Reyes numa outra ocasião.
Aos 74 minutos, Saleiro foi isolado por Pedro Mendes e caiu já na grande área após contacto com o defesa checo Ujfalusi, mas o árbitro alemão considerou não ser merecedor de grande penalidade.
Até final, o Sporting foi tentando de todas as formas chegar ao tento que o colocaria nos quartos-de-final, mas quase sempre as opções tomadas foram as menos indicadas para ultrapassar os numerosos defensores contrários.