“Foi um processo difícil, mas em janeiro de 2010 entrou em vigor a portaria que regulamenta a atividade dos tripulantes de ambulância na região. Contudo, a situação é irregular, porque existem associações que aplicam melhor e existem outras que a aplicam menos”, afirmou o presidente do STAL, Francisco Brás, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.
O dirigente sindical falava à margem de um Encontro Regional de Bombeiros, que conta com a participação de elementos de várias associações do arquipélago para analisar a situação laboral dos bombeiros nos Açores.
Francisco Brás salientou que “a portaria não está a ser aplicada na sua totalidade em termos de unificação de salários e horários de trabalho”, sustentando que, “mesmo tratando-se de trabalho em permanência, ninguém pode trabalhar 30 horas seguidas”.
“Esta portaria regulamenta, pela primeira vez, de forma consistente, a atividade dos bombeiros, que durante muitos anos eram só voluntários, mas atualmente, pela dimensão social, são profissionais que exercem atividades em permanência nos aeroportos ou no socorro e proteção às populações”, frisou.
Nesse sentido, salientou que o trabalho dos bombeiros “não se esgota no voluntariado”, acrescentando que “são também profissionais de Proteção Civil”.
“Às vezes, existe pouca compreensão para a importância do trabalho destes profissionais e, enquanto numa empresa melhor ou pior se cumprem horários, numa associação com o nome de voluntários entende-se que esta coisa dos salários é apenas uma possibilidade”, afirmou, acrescentando que é necessário “transformar mentalidades”.
O presidente do STAL defendeu ainda um “quadro interregional” que possibilite a transferência de bombeiros entre associações “desde que as duas partes estejam interessadas”.