O Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 7,6% no terceiro trimestre, em termos homólogos, menos 1,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior e a menor subida desde o primeiro trimestre de 2021, divulgou hoje o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), de julho a setembro, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa por comparação com as habitações novas: 8,1% e 5,8%, respetivamente.
Em cadeia, face ao segundo trimestre, o IPHab aumentou 1,8% (3,1% no trimestre anterior), tendo o crescimento dos preços das habitações novas (2,0%) superado o das habitações existentes (1,8%).
De acordo com o instituto estatístico, no terceiro trimestre foram transacionadas 34.256 habitações com um valor total de 7.100 milhões de euros, o que representa uma redução de 18,9% e 12,2%, respetivamente, face ao mesmo período de 2022.
Do total das transações, 26.644 (77,8% do total) respeitaram a habitações existentes, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de -23,1%.
Já nas habitações novas registou-se um aumento do número de transações de 0,2%, para 7.612 unidades.
Em cadeia, o número de transações de alojamentos cresceu 1,9% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023 (-2,5% no trimestre anterior), sendo que esta subida se registou apenas na categoria das habitações novas (11,5%), registando-se uma redução de 0,6% nas habitações existentes.
Quanto ao valor das habitações transacionadas, somou cerca de 7.100 milhões de euros, dos quais 4.900 milhões de euros respeitaram a habitações existentes (70,0% do total) e 2.100 milhões de euros a habitações novas.
Face ao mesmo período de 2022, estes valores representam reduções de 12,2% e 19,2%, respetivamente, no valor total e no valor das habitações existentes, e a um aumento de 10,3% no valor das habitações novas.
Já relativamente ao trimestre anterior, o valor das habitações transacionadas no terceiro trimestre de 2023 aumentou 2,4% (0,7% no segundo trimestre de 2023). Por categoria, observou-se um crescimento no valor das transações dos alojamentos novos (10,5%) e uma redução no caso dos alojamentos existentes (-0,7%).
De julho a setembro, o setor institucional das “famílias” adquiriu 29.635 habitações (86,5% do total), por um total de 6.000 milhões de euros (84,7% do total).
As vendas de alojamentos às famílias registaram uma redução de 19,1%, em número, face ao mesmo período de 2022, e um aumento de 3,1% relativamente ao trimestre anterior.
Já em valor, as transações de 6.000 milhões de euros efetuadas pelas famílias traduziram-se numa taxa de variação homóloga de -13,7% (-19,5% no trimestre anterior).
No terceiro trimestre, as transações de alojamentos envolvendo compradores com um domicílio fiscal fora de Portugal fixaram-se em 2.741 (8,0% do total), representando uma redução homóloga de 0,9%.
As aquisições por compradores com domicílio fiscal na União Europeia fixaram-se em 1.349 unidades, menos 9,2% face a idêntico período de 2022, enquanto as transações da categoria de domicílio fiscal “restantes países” aumentaram 8,7% para 1.392 habitações.
No período em análise, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,8% do valor total das transações de alojamentos, aproximadamente 2.900 milhões de euros, representando uma redução homóloga de 1,3 pontos percentuais em termos de peso relativo regional.
No Norte, o valor das habitações transacionadas ascendeu a 1.700 milhões de euros, enquanto no Centro atingiu os 982 milhões de euros, observando-se, em ambos os casos, aumentos homólogos dos pesos relativos (1,4 e 0,6 pontos percentuais, respetivamente).
O Algarve registou um valor de transações de 834 milhões de euros, correspondendo a 11,8% de quota regional, menos 1,0 pontos percentuais face a período idêntico de 2022, enquanto no Alentejo as habitações transacionadas totalizaram 322 milhões de euros, representando 4,6% do total (+0,2 pontos percentuais em termos homólogos)
Na Região Autónoma da Madeira as habitações transacionadas contabilizaram 212 milhões de euros (3,0% do total), sendo que nos Açores o montante foi 91 milhões de euros (1,3% do total).
Lusa