Substituição dos laboratórios de análises clínicas por sistemas point of care coloca em risco vida dos utentes -PSD/A

O encerramento dos laboratórios de análises clínicas nas Unidades de Saúde de ilha a partir das 16h00, substituindo aqueles serviços por sistemas point of care, foi condenado esta sexta feira pelo PSD/Açores, por considerar que a decisão de o fazer não foi devidamente explicada pelo Governo Regional e  por aparentar “ estar a ser implementada contra a opinião dos corpos clínicos das unidades de saúde”.

Em conferência de imprensa na Cidade da Horta, os parlamentares das ilhas de Santa Maria, Pico, São Jorge, Graciosa e Flores afirmaram que “o sistema point of care contempla a realização de um número reduzido de análises, dificultando a capacidade de diagnóstico dos médicos perante os doentes na urgência, colocando em risco a sua segurança e podendo aumentar as evacuações para os hospitais regionais”, explicou o deputado António Pedroso.

Segundo Pedroso a decisão “também sobrecarrega os enfermeiros, que ficam obrigados a desempenhar mais uma tarefa”, avançou, frisando que “estas críticas não se tratam de uma opinião política do PSD/Açores sobre a decisão do governo regional, mas da posição assumida pelos corpos clínicos das Unidades de Saúde”.

Além disso, Cláudio Lopes garante que o sistema,  já implementado na ilha do Pico, não agrada os utentes, mas que “o pior é colocar em risco de vida os cidadão que a partir das 16h até às 08h do dia seguinte, procuram os centros de saúde”, alerta o deputado picoense.

Para o PSD/Açores esta é uma posição “inadmissível”, tanto mais que “foi escondida dos açorianos e que não resulta em qualquer poupança para o Serviço Regional de Saúde. O PS nunca afirmou a intenção de encerrar os laboratórios, nunca anunciou a redução das deslocações de especialistas, e nunca anunciou medidas de austeridade no setor da Saúde, medidas que vão baixar a qualidade dos seus serviços”, frisou, propondo que “o governo regional deve rever a sua política no que respeita ao encerramento parcial dos laboratórios de analises clínicas, assegurando o seu funcionamento em todas as ilhas da Região, como até aqui”, defendeu António Pedroso, considerando fundamental que, “nas ilhas com mais de um centro de saúde, funcione um laboratório de análises clínicas em permanência, mantendo-se também o laboratório nas que têm apenas um centro de saúde”.

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