“Consultada sobre a questão em apreço, a TAP informou que continua a assegurar o transporte de macas. Todavia, no processo de reconfiguração dos aviões, a empresa teve de proceder à encomenda de novas macas. Desta forma, existe atualmente um número limitado de macas em operação”, adiantou Pedro Marques, numa resposta por escrito a uma pergunta do CDS-PP.
Em julho de 2017, o CDS-PP/Açores disse que a TAP iria deixar de transportar macas e incubadoras, alegando que isso poderia colocar dificuldades na retirada de doentes para o exterior do arquipélago, mas a companhia aérea negou-o.
“No processo de reconfiguração dos aviões, a TAP teve de proceder à encomenda de novas macas que estão a ser adquiridas. Dessa forma, a TAP atualmente tem um número limitado de macas em operação, pelo que o serviço de transporte deve ser solicitado e coordenado antecipadamente”, adiantou, em declarações à Lusa, a 28 de julho, fonte oficial da TAP.
A bancada parlamentar centrista na Assembleia da República perguntou, na altura, por escrito, ao ministro do Planeamento e Infraestruturas por que motivo a TAP não assegurava nas rotas que realizava entre o continente português e a Região Autónoma dos Açores o transporte normal de macas e incubadoras.
A resposta chegou no final de fevereiro e garante que o transporte de macas se mantém, ainda que com limitações, mas confirma o cancelamento do transporte de incubadoras, por motivos de ordem “técnica”.
“Em relação às incubadoras, o transporte deixou de ser viável por causa da já referida reconfiguração das cabinas. Com efeito, a retrofitagem dos interiores das aeronaves de médio curso não permite de todo este transporte, uma vez que a instalação das incubadoras (sobre as macas) requer mais espaço do que o existente nas referidas aeronaves. Constata-se pois que estamos perante uma impossibilidade técnica para fazer o transporte de incubadoras”, apontou o ministro.
O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, alertou em julho para a possibilidade de a decisão colocar “em perigo as evacuações de doentes açorianos para serviços especializados de saúde no continente português”, alegando que a única companhia aérea que também efetua este serviço nos Açores, a Azores Airlines, do grupo SATA, efetuava ligações “muito irregulares, insatisfatórias, não respondendo às necessidades dos passageiros e aos requisitos mínimos exigidos para um serviço de qualidade, devido a sucessivos atrasos e cancelamentos de voos entre Lisboa e as Lajes [ilha Terceira]”.
Questionado, na altura, pelos jornalistas, o secretário regional da Saúde, Rui Luís, disse que tinha entrado em contacto com o ministro do Planeamento e Infraestruturas e com o presidente da TAP, estando a aguardar que a companhia aérea prestasse um esclarecimento público sobre esta situação.
“Vamos aguardar e pensamos que tudo se resolverá”, frisou.
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