A TAP e a SATA surgem na 51.ª e 75.ª posições, respetivamente, num ‘ranking’ das 87 melhores companhias aéreas hoje divulgado, enquanto o Aeroporto de Lisboa, no 57.º lugar, é o único português entre 76 aeroportos.
Em comunicado, a empresa especializada na defesa dos passageiros aéreos AirHelp refere que a TAP, apesar de ter descido na tabela face ao último ‘ranking’ divulgado (no verão de 2016), melhorou a pontuação final de sete para 7,2 pontos.
“A TAP subiu no parâmetro da pontualidade (passou de 6,4 para 7,8), manteve a avaliação em termos de qualidade e serviço (6), mas desceu no tratamento de reclamações (passou de 8,5 para 7,9)”, conclui o estudo AirHelp Score, que desde 2015 avalia a qualidade e serviço, pontualidade, tratamento de reclamações e análise de redes sociais das várias companhias aéreas a nível mundial.
Já a SATA, na 75.ª posição, melhorou a pontualidade (passou de 7,2 para 7,8) e manteve a qualidade e serviço (6), mas desceu em termos de classificação e de pontuação final, tendo passado de 6,6 para 5,7 pontos, sobretudo penalizada no parâmetro relativo ao tratamento de reclamações”, que caiu de 6,6 para 3,3.
No ‘ranking’ dos aeroportos, divulgado pela primeira vez nesta edição do AirHelp Score, o Aeroporto General Humberto Delgado, em Lisboa, surge como o único português da lista, ocupando a 57.ª posição, entre 76.
Analisando os resultados obtidos pelo Aeroporto de Lisboa, verifica-se que a pontualidade é o parâmetro com a pontuação mais elevada (7,4), seguindo-se a análise de redes sociais (6,5) e a qualidade e serviço (6).
Citado no comunicado, o ‘country manager’ da AirHelp em Portugal e no Brasil, Bernardo Pinto, destaca o serviço prestado ao cliente pela TAP — que, “com uma pontuação de 7,9, pode ser considerado bom” — e nota que, devido ao intenso tráfego, “o Aeroporto de Lisboa apresenta uma percentagem alta de atrasos, mas tenta manter-se fiel ao seu calendário apertado, sendo avaliado com 7,4 em pontualidade”.
“No ano passado, somente 0,40% de todos os voos com partida deste aeroporto foram cancelados ou tiveram atrasos de mais de três horas”, refere.
A liderar o ‘ranking’ das companhias aéreas surge a Singapore Airlines, enquanto o Aeroporto Changi, também de Singapura, encabeça o AirHelp Score na categoria de aeroportos.
Segundo destacam os autores do estudo, a companhia asiática destronou a Qatar Airways, que foi primeira em 2016, tendo melhorado “significativamente na pontualidade e no tratamento de reclamações” e atingido, pela primeira vez, o topo da classificação.
No ‘top 5’ do ‘ranking’ de companhias de aviação surgem ainda a Etihad Airways (Emirados Árabes Unidos), a Qatar Airways, a Austrian Airlines (Áustria) e a Air Transat (Canadá).
Pela primeira vez, nesta edição do AirHelp Score foram também avaliados 76 aeroportos de todo o mundo, durante um período de três meses, tendo em conta a qualidade e o serviço, a pontualidade e mais de 130.000 ‘tweets’ “para a análise de sentimento”.
No topo da tabela, depois do Aeroporto Changi de Singapura, surgem o Aeroporto Internacional de Munique, o Aeroporto Internacional de Hong Kong, o Aeroporto de Copenhaga — Kastrup e o Aeroporto de Helsínquia — Vantaa.
“À medida que o mercado se torna mais saturado os vencedores na corrida das viagens aéreas serão as companhias que cumprirem as suas promessas em terra, na cabine e após o voo. Os passageiros são mais exigentes na procura de serviços de qualidade e elogiamos a Singapore Airlines e o Aeroporto Changi por estabelecerem os padrões desta indústria de colocar o cliente em primeiro lugar”, refere um dos fundadores e presidente do conselho de administração da AirHelp, Henrik Zillmer.
Para avaliar as companhias aéreas e os aeroportos a AirHelp examinou dados de 22 de dezembro de 2016 a 20 de março de 2017, tendo sido contabilizados voos atrasados e cancelados, ‘rankings’ da Skytrax, análise de redes e análise de tratamento de reclamações.
A AirHelp é uma ‘startup’ que está presente em Portugal desde 2013 e reclama a liderança mundial na defesa dos passageiros afetados por atrasos, cancelamentos ou impedimentos de embarque.
Lusa / Foto Açores 24Horas (Arquivo)