Deste montante, cerca de 3,8 milhões dizem respeito ao PSD, 1,6 milhões ao PS e 160 mil euros ao CDS-PP.
O dinheiro, segundo apurou o Tribunal Constitucional, foi utilizado para pagamento de cartazes e comícios, vencimentos a funcionários dos partidos e até para “ofertas” a quem participasse em festas partidárias.
Os auditores do Tribunal Constitucional consideram “estranhas” estas despesas, frisando que a Lei de Financiamento dos Partidos Políticos “não autoriza” este tipo de transferências.
Contactado pela Lusa, o presidente do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia Legislativa dos Açores, Hélder Silva, contestou o entendimento que o Tribunal Constitucional faz das verbas transferidas para os partidos nas regiões autónomas, salientando que Assembleia Regional dos Açores clarificou esse financiamento e que a Região tem competência para legislar nesta matéria.
“Se o Tribunal Constitucional está a pôr em causa esta transferência, está a esquecer ou a diminuir aquela que é a nossa competência legislativa nesta matéria”, afirmou.
Por seu lado, António Marinho, líder da bancada do PSD no parlamento açoriano, e Artur Lima, que lídera a bancada do CDS/PP, escusaram-se a comentar o acordão, alegando desconhecer o seu teor.