No âmbito das comemorações dos 40 anos da Companhia Nacional de Bailado, o Teatro Micaelense exibirá “No escuro do cinema descalço os sapatos”, um documentário de Cláudia Varejão.
O filme será apresentado em duas sessões. A primeira, na 5ªfeira, dia 30 de março, às 21h30, é de entrada livre. A segunda sessão, no dia 31, às 10h30, destina-se ao público escolar.
A realizadora Cláudia Varejão e a sua assistente de som Adriana Bolito acompanharam a CNB durante doze meses, recolhendo imagens do quotidiano rigoroso dos bailarinos, coreógrafos, músicos, ensaiadores, costureiras, técnicos de luz, som e toda a vasta equipa que permite que a dança percorra as salas de ensaio e se alongue pelos corredores até chegar ao palco. Este filme acompanha não só as criações e estreias da companhia, mas, sobretudo, o trabalho silencioso e estrutural de cada bailarino. Dançar, mais do que uma profissão, é um modo de vida e o título do filme, um poema de Adília Lopes, gentilmente cedido pela autora, remete-nos para a vulnerabilidade dessas vidas. Será destas imagens, guiadas por artistas e por todos que trabalham com a CNB que, seguramente, também rezará a história das quase quatro décadas da Companhia.
Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou cinema no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a German Film und FernsehakademieBerlin, na Academia Internacional de Cinema de São Paulo, Brasil, e fotografia na AR.CO, em Lisboa. É autora da curta documental “Falta-me/Wanting” e, recentemente, tem dedicado o seu trabalho à ficção, dando origem à trilogia de curtas metragens “Fim de semana/Weekend”, “Um dia Frio/Cold Day” e “Luz da Manhã/Morning Light”.”Ama-San 海女さ” é o seu mais recente filme. Para além do seu percurso como realizadora e fotógrafa, trabalha regularmente com teatro e dança.
Ainda no âmbito das comemorações do seu 40º aniversário, a Companhia Nacional de Bailado trará ao Teatro Micaelense, nos dias 21 e 22 de abril, um programa de reportório, onde se reúnem alguns dos coreógrafos que mais marcaram a História da Dança: George Balanchine, Anne Teresa De Keersmaeker, William Forsythe e Hans van Mannen.
Foto: Cláudia Varejão