Várias localidades isoladas sem água nem luz no Funchal e da Ribeira Brava, muitas casas e carros destruídos, estradas interditas ao trânsito e um rasto de lama são os sinais materiais visíveis do temporal que assolou sábado a Madeira.
A chuva continua a cair mas com menos intensidade, pelo menos no Funchal, e as máquinas trabalham incessantemente na remoção de entulhos e pedras no centro da capital madeirenses, sobretudo nas zonas do Mercado dos Lavradores, Rotunda do Dolce Vita, Avenida do Mar, da Arriaga e das Comunidades Madeirenses.
As ribeiras cidade estão cheias e as águas lamacentas continuam a correr com força.
Alguns transeuntes circulam nas áreas mais afetadas entre os destroços para recolher imagens e observar “in loco” os prejuízos que lançaram o caos na cidade.
Entre as localidades em que as populações isoladas fazem apelos por ajuda, estão o sítio das Eiras no Monte, da Serra d’Água, Furna e Pomar da Rocha, bem como na costa norte entre S. Vicente e Porto Moniz, e as comunicações continuam a ser difíceis.
O contacto de alguns deste sítios acontece apenas via rádio, tendo alguns residentes manifestado esperança na chegada das pontes militares que deverão chegar à madeira ao fim da manhã no C-130.
No Aeroporto do Funchal, o movimento decorre com normalidade, já aterraram alguns aviões e o quadro de informações confirma os vários voos sem qualquer indicação de atraso e ou cancelamento.
Nesta infraestrutura aeroportuária, algumas equipas de futebol regional aguardam por indicações das federações sobre a realização dos jogos que foram cancelados.
A circulação na via rápida faz-se sem problemas, apesar de alguns dos acessos à cidade do Funchal estarem encerrados, casos da Pena e do Jardim Botânico.
De acordo com o último balanço, o temporal na Madeira provocou pelo menos 38 mortos, cerca de uma centena de feridos e 250 desalojados.