20 anos – é este o prazo que a Região Autónoma dos Açores pode levar para ver-se livre das térmitas – afirma Paulo Borges, da Academia açoriana.
A equipa da Universidade dos Açores que tem liderado a pesquisa e o combate às térmitas no arquipélago, afirma que a praga assume proporções preocupantes, mas reconhece que falta efectuar um estudo de risco, que permita saber qual a real dimensão da sua presença nas ilhas.
Para já, Paulo Borges, da Univerdidade dos Açores, com base nos dados até agora conhecidos, é da opinião de que a erradicação das térmitas exige um ataque concertado, que pode durar duas décadas.
Ontem e hoje, o investigador tem estado no terreno a acompanhar dois especialistas no combate às térmitas, um norte-americano e outro austríaco.
Ambos, apresentam hoje à noite, na cidade de Angra do Heroísmo, formas de retirar as térmitas de uma casa: são tecnologias inovadoras que, na proposta americana recorrem ao calor e, na proposta austríaca, conjuga o calor com a água.
Paulo Borges diz que é importante os açorianos conhecerem várias formas de combate às térmitas, sobretudo, técnicas inovadoras, como as que hoje vão ser apresentadas, no pólo do Pico da Urze, onde também será dado a conhecer um estudo sobre a possível emigração das térmitas entre as ilhas.
O investigador açoriano é da opinião de que há ainda muito para ser feito, mas que as entidades governamentais têm vindo a dar sinais de querer debelar o problema.
Dentro de dias, a Universidade dos Açores e a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo protocolam a instalação de armadilhas nas ruas da cidade, com o objectivo de capturar térmitas com asas, que, nesta altura do ano, começam a voar, de casa em casa.