Na Guarda, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo de “lançar o medo” porque não consegue fazer a “mudança”, e acrescentou: “Eu sei, porque o tenho sentido todos os dias no contacto com o país, que em Portugal nestas eleições a esperança vai vencer o medo”.
Começando José Sócrates o dia de campanha apenas à tarde, nos Açores, a resposta coube ao dirigente socialista Francisco Assis, que em conferência de imprensa refutou as acusações de que os socialistas estariam a “instilar o medo na sociedade portuguesa”, garantindo que o partido apenas está a confrontar o PSD com o seu programa eleitoral.
“Uma aparente insegurança tem levado a excessos de radicalismo e sectarismo que em nada concorrem para que a campanha decorra no tom adequado e para que possa ser geradora do esclarecimento que os portugueses desejam”, afirmou o cabeça-de-lista do PS pelo Porto.
Também pelo Porto andou hoje o líder do CDS-PP, Paulo Portas, para um aguardado encontro com o presidente da Câmara, o social-democrata Rui Rio, que serviu para dar um “exemplo positivo” de cooperação, tendo em conta que os dois partidos estão coligados na autarquia.
“Nesta Câmara Municipal funciona há três mandatos uma coligação entre o PSD e o CDS, uma coligação que respeita a identidade de cada partido, mas em que cada partido contribui para o bem comum”, afirmou Paulo Portas aos jornalistas, já depois de ter dito que os centristas só começam a “crescer a sério” a partir dos 14 por cento dos votos.
Pelo Algarve, o coordenador do Bloco de Esquerda disse que o Governo socialista concorda com a proposta do PSD de privatização das Unidades de Saúde Familiar, ironizando que ninguém entra num hospital a perguntar ao médico “como é que o negócio está a correr”.
Durante uma visita ao Centro de Saúde de Loulé, Francisco Louçã deixou claro que “o Bloco de Esquerda sente, como porventura grande parte dos portugueses, que a democracia fica diminuída se, em algum momento, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) perder as suas capacidades”.
Na primeira ação de campanha do dia, apenas ao início da tarde, em Espinho, o líder dos comunistas afirmou ser possível eleger um deputado pelo círculo de Aveiro e apontou críticas ao CDS-PP, mantendo o “pacto de não agressão” ao Bloco de Esquerda.
O “discurso populista” dos democratas-cristãos, afirmou, “obviamente resulta muitas vezes” mas “quando as pessoas conhecerem as suas propostas, o CDS baixará e a CDU haverá de conseguir esse objetivo da eleição”, afirmou Jerónimo de Sousa.