O objetivo é “levar o Governo a respeitar a sua própria legislação e a não pôr em causa a autonomia das autarquias, o que o tem vindo a fazer na tentativa de reduzir salários”, explicou Francisco Braz, dirigente nacional do STAL.
“Em termos de política governativa”, continua esse responsável, “o mínimo que se exige depois desta greve é que o Governo deixe de interferir nas autarquias porque elas têm autonomia e direito legal a usufruir dela”.
Francisco Braz reconhece que “muitos trabalhadores ainda estão em férias nesta altura”, mas conta ainda assim que a greve registe “uma adesão mínima de 60 por cento, já que o motivo para o protesto é muito forte e a ligação destas pessoas ao sindicato também é muito grande”.
“As férias podem prejudicar um pouco a iniciativa”, admite, “mas nunca tivemos uma adesão inferior a 60 por cento, portanto, qualquer valor que se situe acima disso é um êxito”.
Além da “devolução da autonomia às câmaras”, o presidente do STAL quer também “assegurar o direito à contratação colectiva no Poder Local, nomeadamente em empresas como a Águas de Portugal e nos corpos de bombeiros” – área em que esse responsável diz que “o Governo tem andado a fazer a palhaçada de se substituir a outros parceiros”.
Segundo dados do STAL, há três concentrações de trabalhadores das autarquias confirmadas para hoje: uma na Câmara Municipal de Castelo Branco, às 09:00; outra na de Évora, à mesma hora; e a terceira nos Paços do Concelho da Nazaré, às 14:00, hora a que tem início a respetiva reunião pública do Executivo.
Quanto aos piquetes de greve, devem verificar-se nas seguintes estruturas: Transportes Urbanos de Braga, Serviços Municipalizados de Castelo Branco, Serviços Municipais de Transportes Urbanos de Coimbra, Águas da Figueira da Foz, Empresa Municipal de Recolha de Resíduos Sólidos de Sintra e câmaras de Montemor-o-Novo, Seixal, Almada, Loures e Amadora.