Transformação dos hospitais em EPE’s foi opção correcta

O secretário regional da Saúde assegurou hoje, na Horta, que a transformação dos três hospitais dos Açores em Entidades Públicas Empresariais (EPE’s) “foi a opção correcta”.

 

 

A informação foi avançada por Miguel Correia no parlamento açoriano, durante o debate suscitado com apresentação, pelo líder do grupo parlamentar do CDS/PP, de uma declaração política sobre a gestão dos hospitais EPE’s na Região.

 

 

Segundo revelou o governante, os hospitais EPE’s “têm que produzir e é em função dessa sua produtividade que recebem dinheiro” do Orçamento da Região.

 

 

“Nós temos que incentivar cada vez mais a produtividade dos hospitais, pois é esse o caminho que leva a um equilíbrio das suas contas”, argumentou o secretário regional.

 

 

Lembrou ainda que, em 2008, já foi possível reduzir em 40 por cento o défice que os três hospitais açorianos tinham registado no seu primeiro ano de gestão com EPE’s, em 2007.

 

 

Reconhecendo ser preciso “produzir ainda mais”, Miguel Correia assinalou com bastante positivos, comparativamente com 2006, os ganhos de produtividade obtidos durante o ano passado nas linhas de cirurgia (mais 16%), doentes saídos de internamentos (mais 13%) e consulta externa (mais 33 mil consultas).

 

 

“A opção pelos hospitais EPE’s foi a correcta, pois tal originou um acréscimo de produtividade”, sublinhou o titular da Secretaria Regional da Saúde.

 

 

Sobre a alegada falta de qualidade dos serviços de saúde regionais, Miguel Correia lembrou que o Hospital de Ponta Delgada é hoje “um hospital acreditado internacionalmente” e que também os hospitais de Angra do Heroísmo e da Horta “estão presentemente num processo de acreditação”.

 

“Se um hospital é acreditado internacionalmente é porque tem qualidade”, concluiu o governante.

 

 

Disse ainda que os hospitais açorianos, ainda que padeçam de um défice económico, têm os meios financeiros necessários ao seu funcionamento.

 

 

“O Governo disponibiliza aos hospitais uma série de instrumentos financeiros para fazerem face às suas despesas, como é o caso do sistema de pagamento a fornecedores, em que se obrigam a pagar em 60 dias”, explicou o governante.

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