Transportes e acessibilidades | Oposição fala em caos, PS e Governo em sucesso

O CDS-PP interpolou esta quarta-feira, o Governo Regional, sobre “Transportes e Acessibilidades” na Região, insistindo que “os açorianos têm direito a um sistema de transportes que garanta o seu direito à mobilidade”, e afirmando que a governação socialista em matéria de transportes e acessibilidades é “sistematicamente ultrapassada pela dinâmica dos acontecimentos e não consegue mais do que responder, em contingência, a cada novo caso de inoperacionalidade e constrangimento”.

Artur Lima, líder da bancada centrista reclamou “um novo paradigma de políticas públicas de transportes que contribuam para uma efetiva coesão social e económica das nossas ilhas e garantam um efetivo direito à mobilidade dos Açorianos”, não considerando admissível que haja açorianos “que não conseguem ter voos disponíveis para consultas e exames médicos agendados, colocando em causa o seu direito aos cuidados de saúde”, questionando o governo “se está em condições de assegurar, perante os açorianos, que os seus direitos à mobilidade estão a ser devidamente salvaguardados”.

Também António Lima, do Bloco de Esquerda alertou para o atraso na apresentação do novo plano estratégico da SATA, salientando que a operação da SATA para o próximo ano já devia estar a ser preparada, e que a ausência da apresentação do novo plano estratégico da companhia “faz prever o pior, que a operação do próximo ano será preparada mais uma vez “em cima do joelho” e que daqui a um ano se repita o debate realizado hoje sobre os problemas nos transportes na Região”.

Marco Costa, deputado do PSD/Açores referindo-se à crise instalada “no setor dos transportes”, afirmou que “o Governo Regional e o PS já não conseguem esconder um dos seus maiores falhanços”, dando como exemplo o início da operação sazonal de transporte marítimo de passageiros, “que se revelou desastrosa, e que só não teve consequências piores porque, como recurso de última hora, foi possível encontrar um navio de substituição. Ainda assim, estamos a falar de absoluto amadorismo do conselho de administração da Atlânticoline neste processo”, acusou.

Já o Partido Comunista Português criticou a aposta do Executivo “em subsidiar os grupos económicos donos de empresas low-cost utilizando a SATA Air Açores para efetuar os reencaminhamentos gratuitos dos seus passageiros…a verdade é que as consequências dessa política tem sérios impactos na vida dos açorianos”.

Paulo Estevão, deputado do PPM aponta responsabilidades diretas a Vasco Cordeiro, e diz ser impossível fazer um “pacto de regime com quem não assume que o problema existe”, afirmando que há que “assumir responsabilidade politica”, afirmando que “gestores e políticos não assumem as suas responsabilidades”, havendo uma “incapacidade total para implementar estratégicas”.

Mas para o Partido Socialista, “o Governo está a ser vitima do seu próprio sucesso, e do enorme crescimentos turístico nos Açores”.

“Não é justo, não é correto falar em caos e falhanço”, afirmou José San-Bento, deputado socialista.

Em resposta às questões colocadas pelos partidos da oposição, a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas defendeu que “é inegável que a mobilidade dos Açorianos, dos residentes, está muito diferente do que era há 15 anos, há 10, até há cinco anos”.

“Estamos, de facto, num bom caminho”, frisou Ana Cunha, considerando que “dizer-se que este governo não tem uma política para os transportes aéreos e que não tem uma política para os transportes marítimos é não estar neste planeta”, acrescentando que “basta ver o Programa do Governo, basta ver as opções a médio prazo, basta ver o Plano de cada um dos departamentos deste governo, nomeadamente o da Secretaria dos Transportes e Obras Públicas”, defendeu ainda Ana Cunha, no decorrer do debate sobre “transportes e acessibilidades” nos Açores, que decorreu na Assembleia Legislativa Regional, na Horta.

 

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