Turismo sénior pode ter impactos de longa duração na economia regional

O presidente do Observatório Regional do Turismo (ORT) dos Açores, Carlos Santos, considerou hoje que o aumento da procura das ilhas por turistas de terceira idade pode ter impactos de longa duração no tecido económico regional.

Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, à margem de sessão de encerramento do ano letivo do programa Aprendizagem ao Longo da Vida da Universidade dos Açores, Carlos Santos sublinhou que ao abrigo de programas comunitários de apoio à mobilidade os visitantes idosos podem desenvolver nas ilhas “atividades com reflexos na dinamização da economia regional”.

Ao justificar a importância do incremento do turismo de terceira idade no arquipélago, o presidente do ORT sublinhou o facto de os seniores terem “mais tempo para viajar, viajarem fora dos períodos da época alta, estarem cada vez mais envolvidos em experiencias ativas nos destinos que visitam e disporem de dinheiro para gastar”.

Carlos Santos realçou também o contributo que o turismo sénior pode ter para a “revitalização do mercado interno regional”.

Anunciou ainda a inclusão recente da Universidade dos Açores numa associação mundial de universidades de terceira idade, sublinhando as possibilidades abertas pela adesão a essa rede na “dinamização da mobilidade e das deslocações dos seniores”.

O programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da academia açoriana começou há nove anos e já mobilizou cerca de dois mil participantes.

Teresa Medeiros, responsável pelo programa, destacou a sua importância na descoberta de um “sentido para a vida”, sobretudo para os mais velhos.

“Temos alunos com mais de 80 e mesmo de 90 anos”, referiu, indicando que o programa, iniciado na ilha de S. Miguel, já alargou a sua ação à Terceira e Santa Maria.

 

Lusa

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