Turismo de Portugal não deve ser só “turismo do continente”

O presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, lançou hoje um pedido para que o Turismo de Portugal represente todo o país “e não apenas o turismo do continente”.

Na apresentação do plano de ação nacional “Reativar o Turismo. Construir o Futuro”, que ocorreu hoje em Ponta Delgada, o social-democrata deixou um repto para “que o Turismo de Portugal seja mesmo Turismo de Portugal e não apenas turismo do continente”.

“Quando promovermos o país, não promovermos apenas Portugal continental, quando tivermos de aplicar apoio à liquidez e à capitalização empresarial, não nos limitemos às empresas do continente, quando tivermos de garantir acessibilidades e, no nosso caso, elas são, inevitavelmente, aéreas, tenhamos em consideração esta estratégia”, prosseguiu o social-democrata.

O plano em questão foi hoje apresentado em Ponta Delgada pelo presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, numa sessão que contou também com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e do secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges.

A secretária de Estado do Turismo apontou um caminho de futuro com “um turismo mais sustentável, um turismo mais digital, um turismo que melhor se articule com os nossos valores autênticos, com aquilo que é mais genuíno, com aquilo que vem da terra, e os Açores têm aqui um potencial extraordinário”, considerou.

Para Rita Marques, “os Açores podem ter a sua janela de oportunidade, também à custa da pandemia”, que alterou os padrões de procura.

“Cada vez mais procuramos a verdade, procuramos este espírito de aventura e os Açores têm estes ativos, que têm de ser valorizados, nutridos e projetados, bem divulgados no contexto internacional e nacional”, concretizou.

Da parte do secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, veio a prova da segurança do destino Açores no contexto pandémico global: “Os Açores possuem, porventura, uma situação de segurança única a nível nacional, são a região do país com menor número agregado de infeções por covid-19, onde a insularidade e a fragmentação do território, apresentando desafios na gestão da pandemia, também limitam a sua propagação”.

Com “metade da população completamente vacinada, atingindo a imunidade de grupo em várias ilhas”, o governante considera notório que “o esforço desenvolvido pelo Governo dos Açores” no combate à pandemia de covid-19 promoveu “uma situação de excelência para a receção de viajantes na generalidade das ilhas”.

“É também por isso que cresce a expectativa em torno do plano ‘Reativar o Turismo. Construir o Futuro'”, destacou.

O plano “Reativar o Turismo. Construir o Futuro” é um programa superior a seis mil milhões de euros, cerca de metade dos quais se destinam a apoiar empresas.

Além do apoio empresarial, o plano tem outros três eixos – Construir o Futuro, Gerar Negócio e Fomentar Segurança, sendo a criação de futuro o segundo eixo com maior dotação orçamental – 2,5 mil milhões de euros.

Com a implementação deste plano, prevê-se que a receita do turismo português atinja os 27 mil milhões de euros em 2027 e que o setor retome valores de 2019, o último ano de subida, antes da pandemia de covid-19, em 2023.

 

 

Lusa

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