“As expetativas são complicadas devido a uma conjuntura desfavorável, no entanto, acredito que possamos ser surpreendidos pela positiva”, admitiu Gilberto Vieira, em declarações à Lusa à margem da VI Bienal de Turismo em Espaço Rural que hoje começou em S. Jorge, nos Açores, com a presença de empresários locais, especialistas nacionais e internacionais, académicos e responsáveis governamentais.
Gilberto Vieira salientou que este segmento turístico “não tem enfrentado os problemas que a hotelaria tradicional regista devido à crise”, frisando que existe “um crescente interesse por destinos que privilegiam atividades saudáveis, de preocupações ecológicas e de interação com o meio ambiente”.
Para o presidente da Associação de Turismo em Espaço Rural – Casas Açorianas, o arquipélago possui “capacidade de resposta” para esta procura, considerando que a natureza, a gastronomia e as termas são algumas das características que fazem dos Açores “um destino único e diferenciador” na área do turismo de natureza.
Gilberto Vieira recordou que o turismo em espaço rural representa atualmente cerca de 10 por cento da oferta de camas no arquipélago, disponibilizando mais de um milhar de camas em oito das nove ilhas, sendo o Corvo a única onde não existe esta oferta.
Para este responsável, a reunião que hoje começou e decorre até sábado nas Velas, em S. Jorge, vai permitir “debater ideias novas que ajudem a consolidar” este produto turístico, defendendo a importância de “manter os padrões de qualidade e apostar na divulgação”.
Neste encontro estarão em análise temas como a aplicação de novas tecnologias, as experiências na área do ecoturismo, a importância da gastronomia como elemento diferenciador e o papel do turismo em espaço rural para a economia dos Açores.
Lusa
