Proença falava aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário-geral do PS, António José Seguro, depois de questionado sobre as palavras do secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, que hoje anunciou que 17 a 20 mil pessoas deixaram a função pública em 2011, o que corresponde a uma redução de 3,2 por cento nos trabalhadores do Estado.
“Não sei se é uma boa notícia ou se é um disparate. Infelizmente há muitos trabalhadores a pedirem a reforma antecipada porque têm receio relativamente ao futuro do sistema de pensões”, disse João Proença.
Aos jornalistas, Proença frisou ainda a necessidade de se reforçar “a capacidade técnica das empresas” e “melhorar o funcionamento da administração pública”.
Já sobre a reunião com o PS, o líder da UGT disse ter defendido junto dos socialistas que “cada vez mais são necessárias políticas de crescimento e emprego e que ataquem problemas fundamentais do país e não apenas medidas cosméticas”.
O secretário-geral da UGT afirmou que o país vive “um desemprego insustentável e a crescer” e que este será um ano “de forte crise económica e de recessão”, por isso é preciso “investimento público e privado e que combatam este clima de empobrecimento generalizado”.
João Proença defendeu ainda “medidas que promovam uma concorrência leal e um ataque à economia clandestina, um ataque sério à economia ilegal, que põe em causa não só as receitas públicas, mas também a concorrência entre empresas”.