O secretário-geral da UGT afirmou que, afinal, o primeiro-ministro nunca lhe disse que iria abdicar da nova taxa sobre as pensões, mas sim que se mostrou disponível para substituir essa medida por outra de valor equivalente.
Esta tarde, após o encontro com António José Seguro, Carlos Silva fez um esclarecimento. “Não altero o que disse na parte da manhã, mas vou fazer uma alteração de Português”, começou por dizer. “O Governo está disposto a receber dos parceiros sociais e dos partidos contributos, desde que credíveis, para a alteração das medidas de austeridade já apresentadas.”
Na parte da manhã, após o encontro com Pedro Passos Coelho, o recém-eleito secretário-geral da UGT afirmou que o Governo iria abdicar de aplicar uma nova taxa sobre os pensionistas e que essa indicação lhe teria sido dada pelo primeiro-ministro.
Interrogado se o primeiro-ministro, em momento algum, lhe afirmou que estava disponível para abdicar da nova taxa sobre os pensionistas – medida que tem a oposição do presidente do CDS, Paulo Portas -, Carlos Silva disse que Pedro Passos Coelho referiu “a disponibilidade” do Executivo “para que umas medidas de austeridade pudessem ser substituídas por outras”.
Confrontado com a versão de que o primeiro-ministro, afinal, nunca disse à UGT que iria abdicar da taxa sobre os pensionistas, mas sim que estava disponível para encontrar outras soluções, Carlos Silva respondeu “exactamente”.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na sexta-feira um pacote de medidas até 2015, que inclui o aumento da idade da reforma sem penalizações para os 66 anos de idade e uma nova taxa sobre os pensionistas.
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