“Sem políticas de crescimento económico, sem investimento reprodutivo e sem empresas saudáveis não atacaremos o problema do desemprego”, afirmou Francisco Pimentel, presidente da UGT/Açores, em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião extraordinária do Secretariado Regional desta estrutura sindical que analisou as consequências do aumento do desemprego no arquipélago.
Francisco Pimentel salientou que os dados mais recentes indicam que existem 18.177 desempregados nos Açores, o que é motivo de “grande preocupação”.
“Estamos abertos a um diálogo transversal com a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores e demais parceiros, patronais e sindicais, para, em conjunto, procurarmos plataformas de entendimento que criem as condições necessárias a políticas de crescimento económico, que são fundamentais para combater o desemprego”, frisou.
Nesse sentido, defendeu que as políticas de infraestruturas seguidas até agora devem dar lugar a políticas de crescimento económico.
“É preciso que a iniciativa privada, os parceiros sociais, os poderes públicos, o governo e os partidos da oposição estejam conscientes de que é necessário criar políticas de desenvolvimento económico”, afirmou.
Francisco Pimentel salientou que “não é possível criar emprego em 24 horas”, acrescentando que a criação de postos de trabalho e a resolução do problema do desemprego tem que apostar “em investimentos reprodutivos sustentáveis, que criem riqueza, sejam fonte de exportação e fixem os jovens na região”.
Lusa