Francisco Pimentel frisou que “sem medidas de crescimento económico sustentáveis não se resolve o problema do desemprego”, defendendo “a urgência de apoios para acudir aos problemas imediatos” de pobreza e a necessidade de serem criadas “perspetivas de empregabilidade sustentável aos jovens licenciados, desempregados de longa duração e a quem tem dificuldade de reingresso” no mercado de trabalho.
“Sem empresas, sem um setor agrícola dinâmico e forte, não podemos atalhar o problema do desemprego”, afirmou o presidente da UGT/Açores, considerando “obrigatório” o diálogo entre os parceiros sociais para concertar e implementar medidas.
Por seu lado, Jorge Rita, presidente da Federação Agrícola dos Açores, salientou que, em termos de empregabilidade, este setor “está em melhor situação que outros”, mas admitiu existirem “agricultores com dificuldades”.
“Sabemos que existem em algumas ilhas e até em S. Miguel muitos agricultores com muita dificuldade, não só por questões económicas mas até mesmo financeiras, por alguma descapitalização por falta de rendimentos”, afirmou.
Jorge Rita considerou que o setor agrícola “é vital para a economia açoriana”, apelando ao governo e à banca para que apoiem “uma atividade com retorno económico e social”.
“Se existem linhas de crédito para outros setores da atividade e, sendo este um setor vital que também tem empresas e famílias, é bom pensar de uma forma séria, rigorosa e transparente na ajuda destas situações”, frisou.