Um ano depois das eleições legislativas regionais, os partidos que integram o Governo regional dos Açores – PSD, CDS-PP e PPM – enaltecem medidas já aplicadas pelo Governo dos Açores.
Numa posição por escrito enviada à agência Lusa, o líder parlamentar do PSD/Açores, Bruto da Costa, elogiou as políticas implementadas pelo governo açoriano numa altura em que se cumpre um ano desde as eleições regionais de 25 de outubro de 2020.
“O Governo da coligação PSD/CDS-PP/PPM, em diálogo com o Chega e a IL, já colocou em prática medidas fundamentais para melhorar a vida dos açorianos, como a redução dos impostos (IVA, IRS e IRC), as passagens aéreas inter-ilhas a 60 euros e o maior aumento de sempre do complemento regional de pensão”, afirmou o parlamentar.
Para o social-democrata, nas últimas eleições regionais, a “maioria dos açorianos rejeitou um modo de governar unilateral, imposto pelo PS”.
“No atual quadro político, a capacidade para dialogar e estabelecer consensos é fundamental para que os Açores tenham uma solução de governo capaz de responder às necessidades das famílias e empresas açorianas”, apontou.
Em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP Rui Martins fez um “balanço francamente positivo” daquela é que primeira experiência do partido no Governo dos Açores.
“Esta passagem para o governo e o balanço que fazemos é que nos permitiu intensificar muitas medidas, algumas já eram direitos dos açorianos, e também trazer propostas novas e inovadoras”, afirmou.
O centrista exemplificou com a “desmaterialização da burocracia” do Compamid (o complemento para compra de medicamentos por idosos), a criação do projeto Idosos em Casa e a implementação da Tarifa Açores, que permite aos açorianos viajarem entre as ilhas da região por 60 euros.
Rui Martins realçou também o “compromisso” do atual executivo em tornar as creches gratuitas para todos os escalões até ao final da legislatura.
“No passado, [a Solidariedade Social] sempre foi uma área onde nos tivemos propositura (…). Sempre achámos que devíamos defender as pessoas mais desfavorecidas e, no fundo, garantir direitos que nós achamos que são direitos sociais”, declarou.
O líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, também disse estar satisfeito com os resultados da governação, salientando que a “retoma económica” da região é “bastante significativa”, e elogiou o acordo de governação entre os três partidos.
“É um acordo sólido, tem funcionado com eficácia e lealdade por parte dos vários intervenientes”, afirmou.
Estêvão reconheceu também que a região tem “problemas estruturais”, que carecem de medidas “mais efetivas”, como a “falta de habitação”, o “problema da mão-de-obra” ou a fixação de professores.
Sobre a polémica em torno das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o monárquico afirmou que a intenção do executivo foi “ajudar” as empresas “na burocracia e em procedimentos tremendamente complexos”.
“[É] muito injusto que esta questão tenha caído em cima do governo e que esteja a desgastar, de forma injusta, a imagem do governo”, apontou.
No decorrer do debate de urgência que teve lugar no Parlamento Açoriano no decorrer do plenário de outubro, envolvendo as candidaturas aos 117 milhões das Agendas Mobilizadoras destinados ao setor empresarial, depois de críticas de partidos e de empresários que disseram ter sido excluídos do processo, o Governo regional decidiu reiniciar o processo.
Açores 24 Horas c/Lusa