Único candidato à Câmara do Comércio de Ponta Delgada regressa por “tenacidade”

O único candidato à liderança da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), Mário Fortuna, afirmou hoje que regressa por “persistência e tenacidade” após a anulação judicial das últimas eleições da instituição. 

“Nós somos tenazes, teimosos, persistentes e é a nossa tenacidade, persistência e o facto de como cidadãos acreditarmos naquilo que estamos a fazer que nos traz aqui outra vez”, afirmou Mário Fortuna, durante a apresentação das linhas gerais da candidatura.

A CCIPD, nos Açores, elege novos dirigentes a 07 de janeiro, num ato eleitoral destinado a pôr termo a uma crise de legitimidade diretiva que se prolonga há três anos.

A questão da legitimidade dos órgãos sociais da principal associação empresarial açoriana conheceu o seu mais recente desenvolvimento em setembro, quando o Tribunal de Ponta Delgada declarou nulas as eleições realizadas em 2010, considerando terem sido ilegalmente convocadas.

Desse ato eleitoral resultou a escolha de uma direção liderada por Mário Fortuna, que conquistara no ano anterior a presidência da CCIPD num sufrágio também anulado pelo tribunal e que levou Costa Martins a voltar a liderar a instituição.

O economista Mário Fortuna assegurou que volta agora a concorrer à liderança também porque recebeu apoio dos associados, acrescentando que “para constituir uma lista são necessários cerca de 100 empresários”.

“Nós estamos é preparados para continuar a fazer o trabalho que uma instituição dessa natureza tem de fazer, com tranquilidade”, disse Mário Fortuna, assegurando que a tranquilidade que a sua equipa sente “é o reflexo da convicção daquilo que foi feito. O resto são processos que não ajudam em nada ao desenvolvimento positivo da região, com o contributo desta instituição”.

O economista, que quer tornar a CCIPD mais ativa e próxima dos cerca de 900 associados, destacou ser necessário encontrar melhores soluções aos níveis das acessibilidades para os Açores, do financiamento da economia e do fomento das exportações.

“Vamos continuar um trabalho que assenta no reconhecimento de áreas de intervenção dos nossos associados e uma das primeira preocupações vai ser criar um sistema de informação, consulta e auscultação que nos permita, em tempo real, saber o que mais preocupa as empresas e os empresários”, referiu, salientando que o organismo continuará a ser um “parceiro social ativo e proponente de soluções”.

A assembleia geral eleitoral da CCIPD realiza-se a 07 de janeiro na sua sede, em Ponta Delgada, e na delegação da ilha de Santa Maria, em Vila do Porto.

O mandato dos dirigentes a eleger na próxima segunda-feira tem a duração de três anos.

 

Lusa

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