“O reforço na ordem dos 30 milhões de euros servirá para podermos ter, assim esperamos, um orçamento de base zero dentro das unidades de saúde ao longo deste ano”, afirmou Luís Cabral
O secretário regional da Saúde foi hoje ouvido na Comissão de Assuntos Sociais do parlamento regional a propósito da proposta de orçamento e de plano anual de investimento que o Governo açoriano entregou aos deputados na semana passada.
A proposta prevê um aumento em 30 milhões de euros para o setor da Saúde, sendo esta uma das duas únicas rubricas em que há aumento de dotação, como já tinha sido anunciado e hoje foi repetido pelo vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, numa audição na comissão de Economia. O outro aumento de verbas tem a ver com a reposição de um subsídio aos funcionários da administração.
Em declarações aos jornalistas no final da audição, o secretário regional da Saúde destacou, no que toca às opções de investimento no setor, a uniformização dos sistemas informáticos de todas as unidades de cuidados primários e hospitalares, que permitirá que “o processo do doente seja único e transite” por todas as estruturas.
Luís Cabral destacou que há um aumento de quase 370% nas verbas destinadas à informatização do Serviço Regional de Saúde, que o Governo dos Açores considera “fundamental” com vista ao objetivo da “sustentabilidade e da reestruturação” do setor.
Noutro plano, destacou “a componente de edificação e obras públicas”, dizendo que “há necessidade efetiva de acabar com todos os projetos em curso” e lançar a obra do novo centro de saúde de Ponta Delgada em 2013, para ser inaugurado no final de 2014 ou no início de 2015.
Luís Cabral considerou que, no setor da Saúde, os Açores estão “bem servidos” em termos de infraestruturas, não estando prevista mais nenhuma obra nova para a legislatura.
Durante a audição, Luís Cabral foi confrontado por deputados do PSD com verbas destinadas a “uma auditoria” por “uma entidade externa” às listas de espera para cirurgia.
O secretário regional da Saúde explicou no final, aos jornalistas, que aquilo que está em causa é a deslocação de médicos especialistas do Continente aos Açores, especialmente aos hospitais onde há um único médico de uma determinada especialidade, “para debelar” as listas de espera, “auxiliando na observação dos doentes para concluir claramente da necessidade” de se manterem nas listas.
O orçamento para a Saúde em 2013 nos Açores ascende a 46,6 milhões de euros.
Lusa