Todas as unidades do Serviço Regional de Saúde dos Açores estão obrigadas, desde o final de janeiro, a enviar um reporte mensal da situação económico-financeira, uma decisão do Governo açoriano que visa reduzir custos no setor.A informação terá de ser enviada até dia 15 de cada mês à Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos da Saúde dos Açores (Saudaçor S. A), através do preenchimento de um modelo próprio fornecido por esta empresa pública do setor da saúde criada em 2003.
A tutela determina que a informação constante do reporte mensal da situação económico-financeira “não poderá ser alterada em reportes mensais seguintes, sendo que, para que tal seja viabilizado, deverão proceder mensalmente ao encerramento de contas”.
No âmbito do processo contabilístico, um requisito a ter em conta relaciona-se com a especialização de Custos e Proveitos, cuja periodicidade deverá ser assegurada mensalmente “para que a prestação de contas dos diferentes meses do ano reflita adequadamente as operações”.
Para que o objetivo da redução de custos seja atingido, o Governo açoriano considera “fundamental existir um acompanhamento permanente da execução económico–financeira de todas as Unidades de Saúde do Serviço Regional de Saúde”, alegando que “esta intenção só será concretizável com o empenho de todas as unidades de saúde, disponibilizando informação atempada, fidedigna e comparável”.
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, tem dito que a dívida total do setor da Saúde no arquipélago é da ordem dos 700 milhões de euros, valor contestando pelo principal partido da oposição, o PSD, que estima que seja superior a mil milhões de euros.
Lusa
