“Verificou-se uma absoluta unanimidade do Conselho Geral no sentido de não haver aumento de propinas”, revelou Madruga da Costa em declarações aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho Geral da Universidade dos Açores onde esteve em análise esta questão.
Para Ricardo Madruga da Costa, a atual situação económica de muitas famílias “não aconselha, de forma nenhuma, que haja aumento de propinas”, apesar de reconhecer a necessidade que as instituições de ensino superior têm de arranjar mais receitas.
Nesta reunião do Conselho Geral, em que participaram 12 dos seus 15 membros, a Reitoria admitiu a possibilidade de apresentar uma proposta formal de aumento de propinas no próximo encontro, mas Madruga da Costa assegurou que essa hipótese foi “de imediato recusada”, frisando que a decisão hoje tomada “é definitiva”.
Apesar da situação de “grande dificuldade” financeira que a Universidade dos Açores atravessa, Madruga da Costa assegurou que a tripolaridade da academia, que se distribui pelos pólos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, “é um dado adquirido”.
“Se começássemos a suprimir pólos havia cursos que desapareceriam e a Universidade dos Açores perderia sentido”, frisou o presidente do Conselho Geral, admitindo, porém, que possa ocorrer uma racionalização da oferta de ensino para reduzir custos de funcionamento.
A Universidade dos Açores, segundo Madruga da Costa, aguarda autorização superior para contrair um empréstimo bancário que permita “solucionar situações que estão por resolver e começam a afetar a imagem da universidade”.
Na reunião de hoje do Conselho Geral, entre outros assuntos, esteve também em análise uma proposta para a Universidade dos Açores ser transformada em fundação, tendo Ricardo Madruga da Costa salientado apenas que essa opção implicaria uma grande alteração estatutária, num processo “complexo e moroso”.
“Não sei se valia a pena”, frisou.
Lusa