O projeto denominado ‘Biodiversidade em Ilhas Oceânicas: Um Modelo Unificado’ vai ser desenvolvido entre 2012 e 2015 pelo Grupo de Biodiversidade da Universidade dos Açores, sob a coordenação do investigador Paulo Borges, para “estabelecer ligações cruciais entre a teoria ecológica e a prática da conservação, avançando no conhecimento e proteção de uma parte única do património europeu em termos de biodiversidade”.
O texto de apresentação do projeto salienta que se tem acumulado na última década “um grande volume de dados sobre as ilhas oceânicas”, mas acrescenta que “apesar de alguns avanços empíricos e do desenvolvimento de alguns modelos conceptuais, descrevendo verbalmente a dinâmica da diversidade em ilhas, continua a faltar uma teoria geral e quantificável da biodiversidade em ilhas”.
A investigação que será realizada parte do pressuposto de que os Açores constituem um “modelo ideal” para este tipo de projetos devido ao “isolamento geográfico, à existência de um número significativo de espécies endémicas de cada ilha e à grande quantidade de dados ecológicos, biogeográficos e moleculares para vários grupos de artrópodes”.
Na apresentação deste projeto é ainda referido que “as ilhas oceânicas são alvo de interesse especial por parte dos cientistas, sobretudo no que respeita à sua génese, formas de colonização biológica e desenvolvimento de organismos e ecossistemas únicos”, alguns dos quais evidenciando “elevadas taxas de extinção”.