“Há muitos pilotos que não são licenciados porque apenas é exigido o 12.º ano de escolaridade, um curso tirado numa escola de aviação e a realização de exames no Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC)”, salientou Sandra Lira, coordenadora do curso, em declarações à Lusa.
Nesse sentido, salientou que esta iniciativa da Universidade Lusófona, que chega aos Açores depois de estar também disponível em Lisboa e no Porto, “valoriza a experiência dos pilotos, na medida em que lhes dá equivalências, e permite-lhes ficar com o grau de licenciados”.
A existência de uma companhia aérea nos Açores, a SATA, levou os responsáveis da Universidade Lusófona a optar pela realização deste curso nos Açores, onde a grande maioria dos alunos devem ser pilotos da transportadora aérea açoriana que se pretendem licenciar.
O curso vai decorrer entre janeiro e finais de maio, “interrompendo durante o verão porque é a altura do ano em que os pilotos de aviação civil estão mais sobrecarregados com trabalho”, finalizando depois entre setembro e dezembro.
As inscrições decorrem quinta e sexta feira e as aulas vão ter lugar nas instalações do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.
“O curso vai ser ministrado como formação avançada, sendo atribuído aos alunos que tiverem sucesso nas 13 cadeiras um certificado e os créditos necessários para terem a conversão para licenciatura”, afirmou Sandra Lira.
Para quem começa este processo académico no início, a licenciatura tem a duração de três anos, num total de 46 cadeiras, além da parte prática numa escola de aviação e dos exames no INAC.
Os alunos que já possuem a Licença de Linha Aérea, através do curso agora disponibilizado nos Açores, podem obter a licenciatura apenas num ano, já que não precisam de cumprir a parte prática e, devido às equivalências profissionais, apenas necessitam de fazer 13 cadeiras.
“Nos Açores, apenas vamos fazer a parte teórica que lhes falta para a licenciatura, porque a parte prática já eles têm”, salientou Sandra Lira.