“Este estudo revela que os ecrãs de fraca intensidade luminosa são muito utilizados na hora crucial que antecede a ida para a cama”, sublinha Charles Czeisler, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, citado pela agência AP.
“A invasão dos quartos de dormir por estas tecnologias, que mantêm as pessoas acordadas, pode explicar a forte proporção de pessoas interrogadas que dizem dormir menos do que precisariam”, adianta.
A sondagem revela que 43 por cento das pessoas consideram que raramente, ou nunca, têm um sono satisfatório durante a semana.
Os mais idosos têm tendência a ver televisão, enquanto os mais novos preferem os computadores, os smartphones ou as consolas dos jogos vídeo.
Ora, a utilização destes aparelhos “pode ter consequências graves para a saúde física, o desenvolvimento cognitivo e outros indicadores do bem-estar” dos jovens, alerta Lauren Hale, do Centro Médico da Universidade de Stony Brook, no Estado de Nova Iorque.
Os investigadores suspeitam que os computadores, os smartphones e outros jogos vídeo são mais estimulantes do que a televisão, que induz um visionamento passivo, e que podem perturbar mais o sono.
As pessoas com défice de repouso por causa dos seus aparelhos têm tendência a recorrer ao café e à sesta para lutar contra a fadiga, segundo a sondagem, com uma margem de erro de mais ou menos 2,5 pontos.