Valente de Oliveira defende plataforma de abastecime​nto de gás natural nos Açores

O coordenador europeu do projeto das Autoestradas do Mar defendeu hoje a realização de estudos para a criação nos Açores de uma plataforma de abastecimento de gás natural para o transporte marítimo entre a Europa e os EUA.
“O que eu vim propor ao senhor presidente do Governo dos Açores foi que fossem desenvolvidos trabalhos para apurar a possibilidade de se ter, nos Açores, um ponto de reabastecimento dos navios a gás natural liquefeito, cujo uso será intensificado”, explicou Valente de Oliveira.
Valente de Oliveira falava no final de um encontro em Ponta Delgada com o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.
O coordenador europeu para as Autoestradas do Mar considera que os Açores se encontram na “melhor das posições” para se assumirem como uma plataforma de abastecimento de gás natural para o transporte marítimo entre a UE e os EUA.
“O norte da Europa, o Báltico, o mar do Norte e o canal inglês, pelo lado europeu, e, pelo lado americano, tanto a costa ocidental como a costa oriental, já declaram que se querem ver livres do enxofre como elemento poluente, fazendo com que os Açores tenham uma posição magnífica entre estas duas zonas que estão à frente na luta contra a poluição”, considerou.
Valente de Oliveira defendeu que a região açoriana é a “única” que possui esta “posição privilegiada” por ser um “ponto de abastecimento” a meio do Atlântico, entre duas regiões que vão passar a usar o gás natural, o que impõe a necessidade de postos de abastecimento, tal como acontecia há um século com o carvão.
O coordenador europeu para as Autoestradas do Mar referiu que existe, neste momento, uma “preocupação muito grande” em matérias ambientais, para além da viabilização do transporte marítimo em termos de preços.
“Os combustíveis marítimos causam muita poluição, havendo a necessidade de melhorar as condições ambientais de todos os efluentes da combustão marítima”, frisou.
O presidente do Governo dos Açores destacou a “importância” dos transportes marítimos para uma região como os Açores, em termos de “economia atual” e “potencialidades” de utilização futura, de “reforço” do papel do mar como “via de circulação” entre as ilhas e ligações com o exterior.
Vasco Cordeiro defendeu a necessidade de ser desenvolvido um trabalho “mais aprofundado” quanto à forma como, do ponto de vista logístico, a operação pode ser “transformada” e ser mais fácil, rápida e eficaz para a economia açoriana.
“Julgo que é altura, talvez, de repensar e reavaliar a importância do transporte marítimo mas, sobretudo, a forma como toda esta questão, do ponto de vista logístico e da interligação, se pode processar nos Açores com benefício para a nossa economia”, frisou.
O presidente do executivo açoriano deixou a mensagem de que os Açores querem ser parte integrante das autoestradas do mar porque acredita que, na componente de via de circulação de mercadorias, há ainda “muito caminho” para explorar pela via da utilização e do seu modelo.

 

Lusa

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