Vasco Cordeiro desafia juventude açoriana a debater o valor da participação política

Vasco - fotoPSO Presidente do Partido Socialista mostrou, este domingo, disponibilidade do Partido e desafiou a Juventude Socialista dos Açores, sob a liderança da Ana Vitória Couto, a lançar um “grande movimento” – independentemente da sua orientação partidária, que chame a juventude açoriana para um debate sobre o valor da participação política.

“Um debate sobre o valor da participação política, e desde logo, sobre a abstenção, sobre a importância da credibilidade e da fundamentação da atividade política, no fundo, um trabalho que possa também ajudar os Açores, a nossa Autonomia e os Açorianos a vencerem os desafios do futuro”, afirmou Vasco Cordeiro na sessão de encerramento do XIII Congresso da Juventude Socialista dos Açores que decorreu na Ribeira Grande.

O Presidente do PS/Açores, disse apostar no “combate pela dignidade e pela dignificação do exercício da política” e, para isso, considera essencial o compromisso e a participação da JS, dos socialistas e de  “todos aqueles que acreditam que é na política que reside a solução para os desafios”.

Perante um auditório repleto, Vasco Cordeiro apresentou exemplos do que considera ser um mau exercício da política, referindo-se a “uma deputada na Assembleia da República que durante algum tempo foi Secretária de Estado da Defesa e hoje se lembra de dizer que, por exemplo, a situação da Base das Lajes esteve esquecida”.

“Tem legitimidade política para o dizer? Concerteza!, mas falta-lhe a credibilidade e a legitimidade moral para esse tipo de posição, porque nunca fez nada do que devia, quando exerceu esse cargo”, observou o líder dos socialistas açorianos, acrescentando que a mesma falta de credibilidade acontece, “quando nós temos o líder do principal partido da oposição a clamar, agora, por questões relativas ao financiamento da Universidade dos Açores, quando foi com esse mesmo líder, que deputados do seu partido na Assembleia da República aprovaram orçamentos que cortavam no financiamento da Universidade dos Açores”, disse.

“Falta a legitimidade moral, falta a credibilidade para levarmos a sério essa posição que, consoante o Governo que está na República, diz uma coisa ou diz outra utilizando assuntos, importantes para os Açorianos, como puras armas de arremesso político”, frisou o Presidente do PS/Açores.

Depois de recordar “a crise financeira internacional e as más opções políticas do anterior Governo da República”, Vasco Cordeiro enalteceu a capacidade de resistência que as Açorianas e os Açorianos tiveram para fazer face a “uma situação particularmente difícil”.

O líder dos socialistas Vasco Cordeiro reconheceu a importância do XIII Congresso da JS/Açores ser “virado para o futuro” e aproveitou para reafirmar aqueles que são “os sinais claros de uma confiança e esperança renovadas no nosso futuro como povo”.

“Hoje vislumbramos, cada vez com maior clareza, os sinais dessa recuperação”, assegurou Vasco Cordeiro, revelando que no primeiro trimestre de 2014 a taxa de desemprego na Região era uma das mais altas do país (18%), sendo atualmente uma das mais baixas (8,2%) a nível nacional.

O líder do PS/Açores destacou, igualmente, os dados do setor turístico, referentes ao terceiro trimestre, que dão conta de um aumento significativo no número de dormidas e dos proveitos que já ultrapassam os 73 milhões de euros, mas chamou a atenção para o que falta ainda fazer no âmbito do emprego, emprego jovem em especial ou na qualidade do emprego que se cria na Região.

Habitação, Educação, combate à pobreza e à exclusão social, são outros desafios que Vasco Cordeiro quer vencer, contando, para esse fim, com o “inconformismo, a generosidade e a entrega da juventude açoriana”.

Açores 24Horas / NI

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