O Presidente do Governo dos Açores afirmou hoje que a dinâmica que se verifica na economia regional vai bem para além da atividade turística, apontando o exemplo do crescimento verificado nos projetos de investimento privado candidatados ao sistema de incentivos Competir+.
“Três anos decorridos sobre o início do funcionamento do Competir+, temos cerca de 815 projetos entrados e cerca de 346 milhões de euros de investimento privado submetidos a este sistema de incentivos”, salientou Vasco Cordeiro, que falava na inauguração da nova fábrica de ‘pellets’ de madeira da empresa Tecnovia Ambiente, localizada no concelho da Ribeira Grande.
Vasco Cordeiro adiantou que a evolução da economia regional pode ser aferida também pelo facto de, nos três primeiros anos de vigência do Competir+, os empresários terem apresentado mais cerca de 100 projetos de investimento do que no mesmo período do anterior sistema de incentivos, com um montante de investimento candidatado superior em cerca de 30 milhões de euros.
“Há, nesta fase, um crescimento claro e inequívoco da economia açoriana, como provam vários dados”, sustentou o Presidente do Governo, dando o exemplo do Indicador de Atividade Económica, que retrata o estado geral da economia, e que, em 2017, apresentou um crescimento superior a dois por cento.
“Isso dá bem nota de uma dinâmica e de uma pujança que se distingue pela positiva em relação ao passado mais recente, com vários indicadores a demonstrarem que o crescimento e o dinamismo da economia açoriana vão bem para além da atividade turística”, sublinhou Vasco Cordeiro.
Nesse sentido, o Presidente do Governo apontou os exemplos do licenciamento de obras que, em 2017, cresceu cerca de 6,7 por cento, da venda de cimento (22,2 por cento), da pesca descarregada (10,7 por cento), da venda de automóveis novos (7,3 por cento) e, naturalmente, ao nível do turismo, com crescimentos de 18,5 por cento no número de passageiros desembarcados e de cerca de 20 por cento no número de dormidas.
“Um resultado satisfatório é o facto de, atualmente, termos uma taxa de desemprego que é metade daquela registada há cerca de três anos. No primeiro trimestre de 2014, tínhamos uma taxa de desemprego de 18 por cento, hoje temos uma taxa que, aferida ao ano de 2017, está na ordem dos nove por cento, com trimestres inferiores”, destacou.
Na inauguração desta nova fábrica, ligada à promoção de energias renováveis com consumo de matérias-primas endógenas, Vasco Cordeiro destacou ainda que esta dinâmica permitiu registar, também em 2017, um crescimento das exportações superior a oito por cento e uma diminuição das importações na ordem dos nove por cento.
“Este é um trajeto que queremos reforçar, assumindo a Região a responsabilidade de transformar, de inovar e de reformar, como ainda recentemente foi anunciado em relação ao Setor Público Empresarial Regional, tomando medidas que adequem a ação do Governo à nova conjuntura que se vive” nos Açores, assegurou Vasco Cordeiro.
Açores 24Horas / Gacs
