O candidato socialista, que discursava no encerramento das Jornadas Parlamentares do PS/Açores, em Ponta Delgada, criticou os que defendem ser necessário “menos Estado”, apontando os resultados que essa política teve a nível nacional, com cortes nos benefícios sociais e aumento dos bens essenciais.
“Quem segue essa cartilha nos Açores são os mesmos que acusam o governo de fazer pouco, pior ainda, são os mesmos que lançaram projetos públicos onde a iniciativa privada se preparava para avançar, atropelando a economia”, frisou, numa aparente alusão a Berta Cabral, a sua rival social-democrata na corrida à presidência do executivo.
Para Vasco Cordeiro, “devemos ter um governo que ajude, que assuma como tarefa estar ao lado dos açorianos para os ajudar a ultrapassar as dificuldades”, acrescentando que “este é o momento em que o governo deve estar junto dos açorianos e das empresas, não é o momento para teorias políticas e económicas que agravam as injustiças sociais”.
“Este é o momento para ter um governo que não deixa ninguém para trás”, defendeu, acrescentando que a prioridade da atuação das entidades públicas deve ser a criação de condições para que a economia gere empregos sustentáveis.
Nesse sentido, defendeu uma aposta clara nos setores tradicionais da economia regional, como a agricultura, as pescas e o turismo, mas também em áreas emergentes, como o mar, que considerou ter “um enorme potencial que urge transformar em geração de emprego e criação de riqueza”.
Vasco Cordeiro frisou a importância de “definir uma estratégia global que transforme o mar num desígnio regional”.
“Os Açores têm todas as condições para, numa década, se afirmarem como uma região de referência a nível nacional no turismo náutico, no conhecimento dos recursos marinhos e na conciliação das políticas ambientais com a sua função económica”.
Nesta intervenção perante os deputados regionais socialistas, Vasco Cordeiro frisou que os desafios que se colocam atualmente “não desanimam, antes incentivam a prosseguir com mais determinação”.