“Notámos um impulso acrescido, decisivo, diria mesmo, quanto à forma de abordar e resolver este assunto”, vincou Vasco Cordeiro, falando em Ponta Delgada no final de uma audiência com o novo embaixador dos EUA em Portugal, George E. Glass, que está no cargo há cerca de seis meses.
Há, diz o líder do executivo açoriano, a “necessidade de corrigir uma situação que deriva da presença norte-americana na base das Lajes”, sendo que a “preocupação principal do Governo Regional tem a ver com questões de saúde pública”.
Aos jornalistas, Vasco Cordeiro reiterou esperar no final do primeiro semestre ou na próxima reunião da Comissão Bilateral Permanente, o que suceder primeiro, “resultados e evidências quanto ao trabalho que está a ser feito” no que refere à descontaminação.
Recentemente, na Assembleia da República, o ministro dos Negócios Estrangeiros afastou preocupações sobre a eventual contaminação da água na ilha Terceira, mas o Governo quer ver esclarecida a situação de alguns terrenos.
A “monitorização constante” que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) faz demonstra que “não há nenhum limiar de segurança em matéria de qualidade de água abastecida à Praia da Vitória que tenha sido violado ou infringido ou superado”, disse no parlamento Augusto Santos Silva, ouvido na comissão de Ambiente sobre a descontaminação ambiental na base das Lajes.
O ministro referiu que esta era a informação do LNEC em setembro deste ano.
Quanto à contaminação dos solos, a Força Aérea norte-americana e o LNEC identificaram 41 locais para análise, tendo sido referenciados quatro sítios contaminados.
Lusa / Foto – Gacs