O presidente do Governo dos Açores disse hoje que deposita “elevadíssimas esperanças” na visita ao arquipélago do ministro Poiares Maduro, em dezembro, no âmbito da procura de uma solução para o futuro da RTP regional.
“Se aquilo que o senhor ministro teve a oportunidade de me transmitir foi que quando tivesse concluído um trabalho de análise da sua parte, viria aos Açores para apresentar a sua solução em relação a esta matéria, naturalmente que tenho expectativas que assim será e que, finalmente, este assunto poderá conhecer alguma luz”, disse Vasco Cordeiro.
O presidente do Governo Regional falava em Ponta Delgada, no final de uma audiência concedida ao Conselho de Opinião da RTP.
O presidente do Conselho de Opinião da RTP, Manuel Coelho da Silva, considerou por seu turno que a situação da RTP/Açores “tem que ser revista, melhorada e encontrada uma solução que corretamente enquadre aquilo que são os grandes objetivos de serviço público nos Açores”.
Manuel Coelho da Silva considera que houve “larga convergência” com o presidente do Governo dos Açores sobre esta matéria, tendo revelado que até final do ano o órgão a que preside terá o seu parecer concluído sobre o que deve ser o novo contrato de serviço público de televisão.
O deputado da maioria socialista nos Açores, Pedro Moura, defendeu, por seu turno, na sequência de um encontro da Comissão de Assuntos Parlamentares da Assembleia Legislativa regional com o presidente do Conselho de Opinião da RTP, a criação de uma entidade de rádio e televisão regional com capital social maioritariamente detido pelos Açores.
Pedro Moura referiu que este serviço público não deverá ter “restrições temporais, funcionando 24 horas por dia e emitindo quer para o continente, quer para a diáspora açoriana”.
A proposta socialista (como já tinha indicado o Governo Regional) é que o Conselho de Administração dessa nova entidade seja nomeado por 2/3 dos deputados do parlamento dos Açores o que, para Pedro Moura, é a maneira de “clarificar e impossibilitar qualquer tentativa de governamentalização futura”.
Lusa