Vasco Cordeiro evita falar em maioria mas apoiantes não têm dúvidas

O candidato socialista à presidência do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, evita o tema da maioria absoluta nas eleições regionais, mas são cada vez mais as pessoas que apontam para esse resultado no domingo.
 

“O PS tem que ter a maioria absoluta. As pessoas têm que compreender que os Açores são hoje o que são devido ao PS”, afirmou o primeiro homem que Vasco Cordeiro cumprimentou hoje numa ação de campanha em Vila Franca do Campo, em S. Miguel.

Logo a seguir, no mesmo sentido, uma mulher frisou que os socialistas “não podem ficar dependentes” do CDS-PP, numa referência a um eventual entendimento que venha a ser necessário se os socialistas não conquistarem a maioria absoluta.

Vasco Cordeiro, que durante a ação de campanha ouviu várias vezes pessoas a manifestarem confiança na obtenção de uma maioria absoluta, evitou sempre a questão, frisando que as eleições ganham-se com votos e é necessário votar no domingo.

“Os açorianos têm a oportunidade de ver em funcionamento um governo de coligação (no país) e um governo com maioria (nos Açores), que permite tranquilidade, segurança e estabilidade”, afirmou o candidato socialista, naquela que é a frase que proferiu mais próxima da defesa de uma maioria absoluta.

Nesta ação de campanha pelas ruas de Vila Franca do Campo, pela primeira vez acompanhado pela mulher numa iniciativa do género, Vasco Cordeiro registou uma boa recetividade das pessoas, sendo muitas as que se colocavam à porta de casa e aguardavam a sua passagem para o cumprimentar e, na maioria dos casos”, assegurar que votarão nele no domingo.

O contacto com a população ficou, no entanto, marcado por algumas críticas à atuação do socialista António Cordeiro, presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, por vezes em tom mais exaltado, tendo o candidato tentado separar as questões, recordando que está a disputar as eleições para a presidência do executivo.

No final desta ação de campanha, em declarações aos jornalistas, Vasco Cordeiro, manifestou satisfação com as declarações que o vice-presidente do Governo dos Açores prestou à Lusa, dando conta que as Grandes Opções do Plano para 2013 e a versão mais recente do memorando assinado com a troika não preveem a redução da diferenciação fiscal que existe entre os Açores e o continente.

“Essa é uma boa notícia, estamos no bom caminho em relação a esta matéria”, frisou, considerando que este “é um passo importantíssimo para se garantir que este entendimento se consolide na revisão da Lei das Finanças Regionais”.

Para Vasco Cordeiro, este ainda “não é um assunto fechado, mas está bem encaminhado”.

Por outro lado, relativamente à nova versão do memorando assinado com a troica, considerou que, depois de várias entidades nacionais e estrangeiras terem “atestado a gestão rigorosa das finanças públicas dos Açores, do ponto de vista dos objetivos que o memorando visa alcançar, não se justifica a eliminação ou redução da diferenciação fiscal”.

 

Lusa

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