Vasco Cordeiro exige cautela e admite mudanças

O presidente do Governo dos Açores exigiu esta terça-feira que a administração norte-americana acautele o futuro dos trabalhadores açorianos na Base das Lajes e admitiu que as relações com os Estados Unidos vão mudar, dependendo da forma como o processo terminar.
 

“Essa relação diplomática não pode, de forma nenhuma, ser a mesma do que é atualmente. É esta a posição do Governo dos Açores”, alertou Vasco Cordeiro, acrescentando que os Estados Unidos e a região continuarão a ser “amigos”, mas a relação “não será certamente a mesma coisa do que foi até aqui”.

Falando na Assembleia Legislativa dos Açores, na cidade da Horta, no Faial, durante uma interpelação provocada pelo PPM sobre o futuro da base aérea norte-americana na ilha Terceira, Vasco Cordeiro insistiu na necessidade de a administração de Barack Obama encontrar formas de “minimizar o impacto negativo” da redução do seu contingente militar nos Açores.

“O que estamos a falar é da dispensa de trabalhadores e do esforço de razoabilidade de aplicar regras, de forma a evitar o impacto negativo que isso terá nos trabalhadores e na Base das Lajes”, sublinhou o chefe do executivo açoriano.

Numa alusão às declarações do secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, que esta terça-feira disse em Lisboa que por cada norte-americano contratado para as Lajes seriam contratados três portugueses, Vasco Cordeiro afirmou que o problema não reside em saber se “há mais x portugueses ou mais x americanos” nas Lajes, mas na defesa do futuro dos atuais.

 

Lusa

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