Vasco Cordeiro quer os Açores como referência nacional em áreas ligadas ao Mar

O Presidente do Governo dos Açores defendeu hoje que a Região têm condições para, no espaço de uma década, alcançar uma posição de referência nacional em três áreas ligadas ao Mar: turismo náutico, aproveitamento comercial dos recursos do mar e a conciliação entre políticas ambientais e o potencial económico.

Vasco Cordeiro, que falava na abertura do encontro ‘O Mar e a Engenharia como Pilares do Desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores’, promovido pela Secção Regional da Ordem dos Engenheiros, considerou que o Estado “não tem estado à altura das suas responsabilidades” na defesa dos seus interesses no Mar da Região, um recurso que considerou essencial na estratégia de criação de riqueza e de emprego no arquipélago.

O Governante salientou que um dos principais desafios que se coloca quando se pretende fazer uma abordagem ao potencial do Mar para o desenvolvimento económico “passa pelo conhecimento público desta importância e o de suscitar o envolvimento público nesta discussão”. “Este desafio não está ganho, mas iniciativas como esta acabam por ser um precioso contributo para se reforçar a sensibilização pública da importância do Mar, bem como a consciência da necessidade da sua defesa e do seu aproveitamento”, defendeu.

De acordo com o Presidente do Governo, este desconhecimento era visível, desde logo, ao nível europeu, desde os tempos do Livro Verde da Política Marítima Europeia, em que a importância do espaço atlântico era menosprezada. “Mas também o desconhecimento da importância do Mar dos Açores ao nível do próprio país, não apenas com orientações políticas sobre o aproveitamento deste recurso, mas também sobre o entendimento institucional quanto à importância, à utilidade e ao potencial que o Mar dos Açores apresenta para o desenvolvimento de todo o território nacional”, disse. Segundo referiu, esta importância tem aspetos clássicos de aproveitamento, como o setor das Pescas, mas tem outras áreas, como a Biotecnologia, que conduzem ao “desafio do aproveitamento comercial do conhecimento científico, onde assume importância a Universidade dos Açores, cuja utilidade estratégica, por vezes, não tem sido devidamente compreendida e aproveitada”. “Julgo que, a nível nacional, deveria levar a um entendimento da importância do papel da Universidade dos Açores, que a distingue das restantes e a colocam num patamar privilegiado para parcerias a nível nacional”, afirmou Vasco Cordeiro.

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