“O nosso problema não é o financiamento do modelo de transporte aéreo”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, frisando que a eventual criação de um programa POSEI para os transportes “responde a um problema que não existe, que é saber quem paga o modelo de transporte aéreo”.
Para Vasco Cordeiro, “quem deve pagar é o Estado”, recordando que também é o Estado que paga as ligações aéreas entre a Madeira e o continente e entre as duas ilhas do arquipélago madeirense.
“Fazer com que o Estado deixe de pagar as acessibilidades entre os Açores e o continente parece-me demais e não é essa a questão que pode melhorar as acessibilidades aéreas”, frisou o candidato socialista, para quem “o verdadeiro problema é um modelo que garanta melhores acessibilidades aos Açores e não um modelo que garanta que o Estado pague menos”.
Vasco Cordeiro, que falava à entrada para um almoço promovido pelo Skal Clube dos Açores, que reúne personalidades ligadas ao turismo, recordou que o Governo dos Açores apresentou ao Governo da República uma proposta que visa “flexibilizar” o atual modelo de obrigações de serviço público, de forma a conseguir reduzir o preço das tarifas “sem agravar os custos para o Estado”.
A melhoria das acessibilidades aos Açores é um dos desafios que o candidato socialista considera ser essencial vencer para promover o turismo no arquipélago.
Para Vasco Cordeiro, este é um setor com uma “importância muito grande na economia regional”, que está a passar por uma fase em que se regista uma “diminuição acentuadíssima” das dormidas de turistas nacionais e um ligeiro crescimento no que se refere aos turistas estrangeiros.
Vasco Cordeiro defendeu a necessidade de, além de melhorar as acessibilidades, continuar a apostar na promoção dos Açores enquanto destino turístico, mas também melhorar a qualidade da oferta hoteleira.
“É necessário um aperfeiçoamento no que se refere à identidade entre o tipo de turismo que vendemos e o tipo de oferta hoteleira que temos”, afirmou, defendendo que a “nova geração de incentivos” deve contemplar esta questão, assim como a promoção da qualidade.
Para o candidato socialista, é necessário “aumentar as fontes de rentabilidade do setor”, nomeadamente no que se refere à restauração e ao alojamento, que são as componentes principais da sustentabilidade do turismo na região.
Lusa