Vasco Cordeiro reitera “apelo” aos trabalhadores da SATA por causa da greve

O presidente do Governo dos Açores voltou esta segunda-feira a fazer um “apelo aos trabalhadores da SATA por causa da greve dos próximos dias, sublinhando que estão em causa postos de trabalho “que vão muito além” da empresa.
 

“Aquilo que gostaria de reiterar nesta oportunidade é um apelo a todos os trabalhadores do Grupo SATA, que gostam dos Açores e que têm consciência dos prejuízos que esta greve causa na nossa economia, afetando e pondo em causa postos de trabalho que vão muito para além do grupo SATA”, disse Vasco Cordeiro.

“Julgo que não está em causa, de maneira nenhuma, o exercício do direito à greve. Esse é um direito que assiste a quem entende que deve seguir este caminho, mas acho que há outros aspetos que devem ser colocados também e que devem ser considerados neste tipo de processos”, acrescentou.

Vasco Cordeiro falava aos jornalistas em Vila do Porto, em Santa Maria, ilha que o Governo açoriano visita esta semana, tendo dito que desconhecia ainda o comunicado emitido hoje pela plataforma de sindicatos que convocou uma greve na companhia aérea regional para terça, quarta e quinta-feira e para 2, 3 e 4 de maio, coincidindo com a realização do rali dos Açores e das festas do Santo Cristo.

O presidente do Governo Regional acrescentou apenas que o Conselho de Administração da SATA “está perfeitamente habilitado a tratar desta matéria”, sendo ele o interlocutor das negociações com os sindicatos.

A greve foi convocada pela não aplicação à SATA do acordo que os sindicatos do setor assinaram com a administração da TAP de forma a evitar os cortes salariais previstos no Orçamento do Estado de 2013 e que oscilam entre os 3,5% e os 10%.

O Governo dos Açores tem dito que só há uma forma de aplicar o acordo à SATA: violando a lei do orçamento, pelo que recusa dar indicações à administração da empresa para cometer uma “ilegalidade”.

Já os sindicatos consideram haver uma “discriminação” entre trabalhadores açorianos e do continente. No comunicado hoje divulgado dizem ainda que as alternativas que a administração lhes apresentou não são “quantificáveis”, mantendo a convocatória da greve.

 

Lusa

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