Vasco Cordeiro sugere dupla personalidade do maior partido da oposição

O Presidente Regional dos Açores considerou hoje, a propósito da intenção do PSD/A de se abster na votação do Plano e Orçamento para 2014, que se encontra em discussão no Parlamento Regional, que o maior partido da oposição chega ao debate “derrotado perante os açorianos”, com propostas de alteração que contrariam a posição de voto dos deputados do PSD/A na Assembleia da República, considerando a abstenção do PSD/A “irrelevante”.

Vasco Cordeiro sustenta que as propostas de alteração do PSD/A, que incluem entre outras um aumento de 10% no complemento dado às pensões e ao abono de família e mais verbas para a Universidade dos Açores, encobrem “algo de mais perverso” como sendo “criar dificuldades ao Governo Regional” sobe a “pertença defesa dos açorianos”.

“Temos um partido que se dá ao luxo de instrumentalizar a maior crise da autonomia para criar dificuldades ao governo”, defende.

Segundo o governante não interessa ao PSD/A a situação da Universidade dos Açores nem a situação dos funcionários públicos, pensionistas e reformados “caso contrário teria votado contra o orçamento de estado”, sugerindo que o maior partido da oposição tem dupla personalidade.

Todavia Duarte Freitas diz não compreender a perturbação do Governo Regional em relação à abstenção do PSD/A, defendendo que Vasco Cordeiro devia sim, ficar perturbado com os ”falhanços da sua política, os falhanços da concretização da agenda para o emprego e os 21545 desempregados”, e “não com as oposições, não com a democracia, não com a autonomia”.

O presidente do PSD/A afirma não reconhecer Vasco Cordeiro nesta postura, assim como “os açorianos não reconhecem nas suas críticas aquilo que tem sido a minha postura e a postura do PSD/A”, disse.

Duarte Freitas recordou ainda que “quando estiveram em causa os interesses específicos e gerais dos açorianos e não as matérias de governação meramente nacional” o partido “com toda a convicção” votou contra o Governo da República.

Sobre a abstenção anunciada da bancada social-democrata, o deputado reitera que “podem os partidos da oposição apresentar muitas propostas, podemos estar aqui todos de acordo, mas é o Partido Socialista que governa. É ele que tem de apresentar resultados e é ele o responsável por esses resultados”, não podendo por isso “desculpar-se com a oposição”.

O orçamento regional para 2014 proposto aos deputados pelo executivo açoriano e que ascende a 1.298,7 milhões de euros,  estará durante esta semana em debate na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

 

 

Açores24horas

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