Um velejador francês, de 75 anos de idade, que se encontrava a atravessar o Atlântico num kayak, a remos, está desaparecido desde quinta-feira, anunciou hoje a Marinha Portuguesa.
O aventureiro, que partiu no dia 1 de janeiro de 2022 de Sagres, no continente português, para uma travessia do Oceano Atlântico, terá acionado um dispositivo de emergência que foi recebido pelas autoridades portuguesas às 23h39 de quinta-feira, mas até hoje não foi ainda encontrado.
De acordo com a informação disponibilizada na página da marinha portuguesa, na internet, o kayak “Rames Guyanne” encontrava-se localizado a 367 milhas náuticas a sudeste da ilha de São Miguel, nos Açores, e a bordo seguia apenas um tripulante de nacionalidade francesa.
A Marinha, através do Centro de Busca e Salvamento de Ponta Delgada, lançou um aviso a toda a navegação e solicitou o empenho de meios aéreos da Força Aérea e fez seguir para o local a corveta António Enes, que se encontrava a navegar ao largo do Porto Santo.
Os navios que, entretanto, ocorreram ao local, encontraram a embarcação virada no mar, já sem a presença do único tripulante a bordo, que continua desaparecido.
“A embarcação foi visualizada voltada ao contrário, com o casco para a superfície, por vários navios mercantes e pelas aeronaves da Força Aérea, tendo-se intensificado as buscas pelo homem, nas imediações da embarcação, sem sucesso”, revela o comunicado da Marinha.
A Marinha Portuguesa efetuou esforços no sentido de colocar mergulhadores na água para efetuar buscas pelo homem, o que só foi possível na manhã de sábado, devido às condições meteorológicas adversas que se faziam sentir no local.
“As buscas pelo homem terminaram no final do dia de ontem, sem que fosse possível encontrar a vítima”, adianta a mesma fonte, acrescentando que “permanece um aviso à navegação para que os navios que naveguem na área estejam atentos à possibilidade de ser avistado o náufrago”.
O kayak onde seguia o velejador francês foi, entretanto, recolhido para bordo, pela corveta António Enes.
Nas ações de busca e salvamento, que decorreram até ao final de sábado, 22 de janeiro, foram empenhados um total de 11 navios mercantes, três aeronaves da Força Aérea Portuguesa, um helicóptero EH-101, um C295 e um P3, e o navio da Marinha que permaneceu na área até ao final das ações.
Lusa