Vem aí novo pacote de preços ao consumidor em 2009 de crise

Com o ano na recta final e um novo ano em perspectiva, existe um pacote de produtos que vai ser alvo de actualização com a consequente penalização dos agregados familiares.
A penalização destes produtos  surge numa altura em que se começam a sentir os efeitos nefastos da crise internacional.
Estes efeitos já motivaram a adopção de medidas por parte dos governos da República e dos Açores e da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
A inflação prevista para 2009  é de 2,5 por cento mas haverá  produtos e serviços que vão encarecer acima desse valor.
No caso específico dos transportes aéreos, eventuais aumentos só deverão ter lugar se o barril do petróleo voltar a disparar e obrigar a uma revisão da taxa de combustível.
Produtos como a farinha e, consequentemente o pão, serão alvo de actualizações que estão neste momento a ser estudadas.
No caso dos transportes públicos terrestres assegurados pelas empresas Varela e Auto Viação Micaelense, tem havido pressão no sentido de se proceder a um agravamento dos preços, também ainda em estudo por parte do Governo dos Açores.
Ainda no capítulo dos transportes, os bilhetes de mini-bus não sofrem aumentos, uma vez que Berta Cabral já revelou que vai manter o actual tarifário.
Também a água para consumo público, no caso de Ponta Delgada, não será alvo de agravamento.
A manutenção do preço da água será para os três primeiros escalões de consumo, abrangendo 82 por cento dos consumidores e a quase totalidade dos consumidores domésticos.
A saída dos táxis, bem como a quilometragem, sofrem um acréscimo de 3,8 por cento.Também o tarifário eléctrico vai ser agravado em 5,7 por cento.
Mas o impacto negativo para os consumidores não se queda por aqui, devendo também o cimento, estipulado com base num regime de preços contratados, aumentar, deconhecendo-se para já, em que montante.
O cimento tem impacto no bolso dos consumidores, para além do tecido empresarial.Os fretes marítimos vão ser alvo de um agravamento de 2,5 por cento, enquanto nos custos portuários o aumento é de 2,4 por cento.
Há que contabilizar ainda outros produtos e serviços que podem escapar ao controle do Governo. É o caso do leite, das despesas com a Saúde,  bem como com a Educação, Cultura e Comunicações.
Os CTT, por exemplo, vão actualizar o preçário a partir de 1 de Janeiro de 2009, mas a maioria dos preços não terá alterações.
Entretanto, a presidente do Observatório português dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-alimentares, Maria Antónia Figueiredo,defendeu ao Jornal de Notícias que não deverá haver aumentos de preços nos primeiros meses do novo ano. Na sua leitura, o “fim da bolha especulativa em torno das matérias-primas e a estabilização dos custos deverão fazer com que a carne não sofra aumentos”.
A mesma tendência deverá verificar-se nas frutas, legumes e leite, segundo Maria Figueiredo: “se não houver alterações substanciais no preço dos combustíveis e das matérias-primas como a que ocorreu há uns meses, é previsível que os preços finais se mantenham”.Enquanto nos Açores o valor a praticar pelo pão aguarda pela decisão do Executivo, o  presidente da Associação de Comércio e  Indústria da Panificação (ACIP) revelou à agência Lusa que o seu preço deverá subir entre 5 e 6 por cento em 2009.Tudo devido ao aumento das despesas dos panificadores com energia e combustíveis.Carlos Alberto dos Santos disse que o aumento do preço do pão “é inevitável” e que “nunca poderá ser inferior a 5 por cento”.“Os empresários terão de corrigir os preços para não perderem margem”, sustentou o presidente da ACIP. Carlos Alberto dos Santos esclarece que a baixa do preço dos cereais “ainda não chegou aos panificadores”.No final do corrente mês, já será possível ter uma imagem real do impacto negativo do agravamento dos preços nos agregados familiares.

Expectativa

Os aumentos e medidas para combater a crise

Penalização Governo e partidos com  assento parlamentar nos Açores são unânimes em afirmar que a crise internacional já bateu à porta dos açorianos e  que 2009 será  um ano ainda pior que 2008. Impacto Resta saber da eficácia dos pacotes de medidas adoptados pelo Governo dos Açores e Câmara Municipal de Ponta Delgada, face a um  cenário de crise acentuada com o agravamento de preços e produtos que entrarão em vigor em 2009 .

in AOriental / João Alberto Medeiros

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