O Governo dos Açores apresentará este mês a versão preliminar do Plano Regional de Saúde 2013/2016 que levará em conta novos conceitos, como é o caso de indicadores numéricos, e a especificidade da região.
“Estivemos a trabalhar durante estes meses numa versão que fosse de acordo com aquilo que são em primeiro lugar as políticas nacionais, as políticas do Plano Nacional de Saúde, mas que tivesse em consideração também alguns dos aspetos pontuais e específicos da nossa região”, afirmou hoje o secretário regional da Saúde, Luís Cabral.
O secretário regional da Saúde falava em Ponta Delgada, na cerimónia de abertura das XVI Jornadas Regionais Patient Care, acrescentando que o objetivo do Governo dos Açores é ter “a capacidade, com indicadores numéricos, para perceber de que forma é que este plano regional irá contribuir para a evolução da saúde dos açorianos nestes três anos em que estará em implementação”.
“Estamos a inverter um pouco a metodologia, a definir estratégias de atuação com ações práticas muito concretas nas quais vamos tentar introduzir indicadores de cumprimento muito específicos e numéricos na maior parte das situações”, salientou.
Luís Cabral adiantou ainda que o plano estará em discussão pública durante este mês “com os profissionais de saúde e com os intervenientes nestas áreas de forma a que a versão apresentada possa ser adaptada e reflita da melhor forma as vontades dos próprios profissionais que estão no terreno”.
O titular pela pasta da Saúde no Governo Regional voltou a apelar à vinda de médicos para os Açores, admitindo que “é uma das áreas nas quais a região ainda tem uma carência significativa”.
“Só aqui na ilha de São Miguel, e segundo os dados recentes da secretaria, temos uma carência na casa dos 30 médicos de família, especialistas em medicina geral e familiar”, indicou, lembrando que estes clínicos podem usufruir de “alguns incentivos financeiros” que ajudam à sua fixação “tendo em conta as dificuldades inerentes às deslocações e ao custo de fixação na região”.
Lusa